A Apple transferiu a produção de seu computador de ponta Mac Pro dos Estados Unidos para a China, apesar da ameaça do presidente Donald Trump de outra rodada de tarifas sobre importações de eletrônicos do país asiático.
Até agora, o Mac Pro era o único computador da empresa que tinha a montagem final nos Estados Unidos.
A mudança na produção, que noticiada pela primeira vez pelo jornal The Wall Street Journal, acontece quando a Apple tenta dar nova vida ao produto, que foi relançado no mês passado com preço a partir de US$ 5.999 (R$ 23 mil) e um novo visual de “ralador de queijo”.
A Apple se recusou a confirmar a decisão, mas minimizou a importância de deslocar a montagem final de um de seus produtos.
Segundo a empresa, o Mac Pro foi “desenhado e projetado na Califórnia, e contém peças de vários países, inclusive dos Estados Unidos”. Acrescentou que em 2018 pagou US$ 60 bilhões (R$ 231 bilhões) a fornecedores nos EUA, apoiando 2 milhões de empregos.
O presidente da Apple, Tim Cook, anunciou em 2012 que a empresa levaria a montagem final da linha Mac da China para os EUA, juntamente com um investimento de US$ 100 milhões (R$ 385 milhões) para apoiar a mudança.
Colocar a produção do Mac Pro de volta na China acontece num momento em que a Apple, assim como outras empresas americanas de eletrônicos, tem procurado formas de diversificar sua cadeia de suprimentos para reduzir a dependência da fabricação lá.
A empresa pediu a seus fornecedores na China que analisem as implicações de custos de transferir de 15% a 30% de sua capacidade para outros países.
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves
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