A Bolsa brasileira recuperou os 97 mil pontos perdidos na véspera, apoiada pelo ambiente positivo no mercado externo. O dólar recuou.
O pregão foi pautado pelas notícias vindas do exterior, como a indicação do presidente americano, Donald Trump, de adiar a imposição de tarifas sobre produtos mexicanos. Investidores alimentam, ainda, a expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Na Europa, o Banco Central europeu decidiu manter os juros e sinalizou a estabilidade da taxa até fevereiro de 2020.
No mercado local, investidores acompanharam a votação relâmpago do Senado para permitir a privatização do setor de saneamento. As ações da Sabesp (companhia de abastecimento de São Paulo) tiveram leve queda, após alta recente de mais de 10%.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 1,25%, a 97,204 pontos. O giro financeiro foi de R$ 13 bilhões.
O destaque positivo ficou por conta da Petrobras, que subiu ao redor de 1,5%, recuperando perdas recentes. Os papéis da estatal têm forte peso no Ibovespa. Investidores acompanharam o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a possibilidade de venda de participações de estatais sem aval do Congresso.
Além disso, o debate sobre a Previdência segue no radar. O ponto de atenção é a inclusão de estados e municípios na reforma. O embate do dia girou em torno do diálogo entre governadores e parlamentares.
De acordo com Samuel Moreira, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, defendeu que governadores precisam calçar sandálias da humildade.
"Calçar a sandalinha da humildade e vir para cá dizer assim: 'Olha...nós não temos coragem de fazer [a reforma nas assembleias]. Nós queremos pedir aos deputados que façam por nós'. É isso que eles têm que dizer, humildezinhos. Não têm que chegar aqui dando ordem", afirmou Moreira.
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