Bolsas se aproximam de recorde com expectativas de corte de juros e de acordo comercial

Principais bancos centrais definem política monetária nesta semana; Trump sinaliza acordo com China

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São Paulo

A expectativa de corte de juros e de conciliação entre Estados Unidos e China levou as principais Bolsas mundiais a beirarem seus recordes nesta terça-feira (18). A sinalização de que o Banco Central Europeu (BCE) deve afrouxar a política e a conversa entre os presidentes dos EUA e China sobre um acordo comercial impulsionaram fortes altas no mercado acionário. O Ibovespa subiu 1,82% e retomou os 99 mil pontos, maior patamar desde março. O dólar acompanhou o viés positivo e recuou 1%, a R$ 3,861.

Gráfico das recentes flutuações dos índices de mercado no pregão da Bolsa de Valores de Sao Paulo
Principais Bolsas mundiais se aproximam de suas máximas históricas nesta terça-feira (18) - Folhapress

Nesta terça, o presidente do BCE, Mario Draghi, sinalizou que um corte de juros está próximo, com dados econômicos fracos da zona do euro e inflação abaixo da meta. Com a declaração, a Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 2%, a 12.331 pontos, próximo ao recorde de 13.559 pontos. Londres, cuja máxima histórica é de 7.877 pontos, subiu 1,17%, a 7.443 pontos.

"Esses sinais chegam um dia à frente da tão esperada decisão política do Banco Central americano, cuja reunião começa hoje, em que as expectativas são altas para que Jerome Powell [presidente do Fed] estabeleça as bases para um corte de taxa de juros ainda este ano", afirma a XP Investimentos em relatório.

Nesta quarta (18), o Fed (banco central americano) e o Banco Central do Brasil divulgam suas novas taxas básicas de juros. A expectativa é de que os percentuais de juro permaneçam os mesmos, mas, que, as atas das discussões sinalizem cortes nas próximas reuniões.

Outro fator que contribuiu para o ânimo dos investidores foi telefonema entre os presidentes americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping.

Segundo Trump, a conversa sobre um possível acordo comercia entre os países foi "muito boa" e as negociações entre as equipes econômicas devem se iniciar antes do encontro dos líderes no G20.

A aproximação dos países levou as Bolsas americanas a ficarem muito próximas de seus recordes. O índice Dow Jones teve alta de 1,35%, a 26.465 pontos. S&P 500 subiu 1%, a 2.917 pontos e Nasdaq 1,4%, a 7.953 pontos. As máximas dos índices são 26.656, 8.164 e 2.945 pontos, respectivamente.

No Brasil, a alta do Ibovespa, maior índice acionário do país, foi impulsionada pela valorização de 5% do minério de ferro na China, que levou as ações da Vale a uma alta de 3,78%, a R$ 52.

Além disso, o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), estuda rever o aumento de tributação sobre a B3 com a elevação da CSLL (contribuição sobre lucro líquido) prevista no projeto.

As ações da companhia, que caíram 6% desde sexta (14), se recuperam com a declaração de Moreira. Nesta terça elas subiram 7,35%, a R$ 38,11, maior alta do Ibovespa.

O índice teve alta de 1,82%, a 99.404 pontos. O giro financeiro foi de R$ 15,4 bilhões.

(Com Reuters)

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