Conselho da Brasil Pharma aprova pedido de falência

Grupo, dono das redes Big Ben, Farmais e Farmácia Santana, estava em recuperação judicial

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo | Reuters

O conselho de administração da Brasil Pharma aprovou nesta quarta-feira (5) pedido de falência da rede de varejo farmacêutico, que estava em recuperação judicial.

A decisão foi tomada porque a companhia foi "severamente afetada por diversos fatores e intercorrências nos últimos meses, que acabaram por comprometer o prosseguimento da recuperação judicial", homologada em 2018.

Prateleira de remédios em farmácia
O grupo Brasil Pharma, dono das redes Big Ben, Farmais e Farmácia Sant’ana, aprovou pedido de falência da rede - A7 Press/Folhapress

Entre esses fatores, a empresa citou baixo valor arrecadado nos leilões de mercadoria e ativos, além da rápida deterioração do valor de mercado dos pontos comerciais e da suspensão do leilão da rede de drogarias Farmais.

"A companhia viu-se em cenário no qual não foi possível obter novos recursos para assegurar o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação judicial, tampouco vislumbrar perspectivas de continuidade operacional da companhia."

A administração da Brasil Pharma identificou que a rede está "impossibilitada mesmo de manter o pagamento de honorários advocatícios e de acessar seus sistemas de informática e de controle contábil, o que lhe impossibilita gerenciar suas operações e realizar o pagamento integral da folha salarial", afirmou a companhia em fato relevante divulgado nesta quinta (6).

A companhia disse que já está providenciando a convocação de assembleia geral extraordinária (AGE) para que os acionistas se manifestem sobre o assunto.

Com a notícia, as ações da companhia chegaram a cair 55% na Bolsa brasileira, mas fecharam o dia em baixa de 37%, a R$ 0,87. Em 2013, as ações chegaram a valer R$ 780.

O grupo, dono das redes Big Ben, Farmais e Farmácia Sant’ana, foi criado como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, mas teve problemas de integração e passou por disputas entre acionistas, além de ter dívida elevada.

O grupo é atualmente controlado pelo Stigma II LLC, da gestora Lyon Capital, que tem 94,49% das ações ordinárias.
 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.