Acordo EU-Mercosul ajuda reeleição de Macri na Argentina, diz Bolsonaro

Para presidente, esquerda perde força e país vizinho não voltaria ao chamado Foro de São Paulo

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (4) que a Argentina não sofra um retrocesso e avaliou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia pode ajudar na reeleição de Maurício Macri.

Em café da manhã com a bancada ruralista, ele disse que a América do Sul enfrenta um "possível problema" e que uma vitória do atual presidente da Argentina é hoje mais importante do que a busca de uma solução na Venezuela. 

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (4) que a Argentina não sofra um retrocesso - Reuters

"O acordo do Mercosul, envolvendo a Argentina, no meu entender, mais do que um acordo bom para nós é um acordo que pode ajudar a Argentina a não voltar para as mãos de quem integrava o Foro de São Paulo", disse o presidente, referindo-se à entidade que reúne siglas de esquerda na América Latina.

Desde maio, Bolsonaro tem criticado a possibilidade da ex-presidente Cristina Kirchner voltar ao poder, desta vez como candidata a vice-presidente de Alberto Fernández.

"A nossa querida Argentina não pode sofrer um retrocesso. Mais importante do que buscarmos uma solução para a Venezuela é buscarmos maneiras de que a nossa Argentina não volte para as mãos de políticos que eram muito amigos de petistas", disse.

Na noite de quarta-feira (4), ao participar de coquetel de aniversário da independência dos Estados Unidos, Bolsonaro disse que seu governo atua para que não surja uma nova Venezuela na América do Sul, em uma referência indireta à Argentina.

 “Temos um problema aqui ao norte do Brasil e não queremos que outros países enveredem para esse lado”, disse.

Na próxima semana,  Bolsonaro participará de reunião do Mercosul na Argentina. A expectativa é de que ele faça uma defesa pública de Macri e ressalte a importância dele continuar no cargo para viabilizar parcerias comerciais entre os dois países.

Nesta quinta-feira (4), Macri disse que Argentina e Brasil negociam um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, o que também deve ser tratado na reunião da próxima semana.

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