Balança comercial tem saldo 8,9% mais fraco no semestre

Resultado de seis primeiros meses do ano, o pior desde 2016, foi positivo em US$ 27,1 bilhões

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Brasília

A balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com um saldo positivo de US$ 27,1 bilhões. O resultado --o pior para o período desde 2016-- ficou 8,9% abaixo do registrado no primeiro semestre do ano passado na média diária.

Enquanto a média diária das exportações brasileiras caiu 1,8% no semestre, a média das importações teve alta de 0,8%, o que explica o enfraquecimento do desempenho da balança comercial.

Containers no pátio do Brasil Terminal Portuário no terminal de Santos
Containers no pátio do Brasil Terminal Portuário no terminal de Santos - Eduardo Knapp/Folhapress

No período, a quantidade exportada pelo Brasil teve alta de 1,6%. Por outro lado, o preço dos produtos vendidos ao exterior caiu em média 3,3%. Isso significa que, embora tenha vendido mais, o país faturou menos com as exportações.

Do lado das importações, houve alta de 7,1% na quantidade importada pelo Brasil, enquanto o preço médio dos produtos apresentou queda de 5,9%.

O resultado do semestre consolida a percepção de que a qualidade do comércio do Brasil com o mundo está se deteriorando. O país está exportando mais produtos básicos (+10,7%) e uma quantidade menor de mercadorias manufaturadas, consideradas mais elaboradas (-7,2%).

De acordo com o secretário de Comércio Exterior do ministério da Economia, Lucas Ferraz, a piora nas perspectivas para o desempenho das economias brasileira e global também levou a uma revisão para baixo das expectativas para o ano.

No fechamento de 2019, o governo espera que a balança comercial seja positiva em US$ 56,7 bilhões, saldo 2,3% menor que o de 2018.

Há ainda previsão de queda de 2% no valor das exportações e recuo de 1,9% nas importações no ano.

"A expectativa para o comércio internacional e brasileiro não é extraordinário diante do quadro geral. O comércio mundial cai mais em relação ao ano passado e a gente sofre as consequências disso", afirmou o secretário.

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