BB reduz cargos, agências e abre programa de demissão

Será criada ainda uma unidade de inteligência para acelerar a transformação digital do banco

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São Paulo e Brasília

​O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (29) um programa de reestruturação de cargos e pontos de atendimento, além do lançamento de um programa com desligamento incentivado e da criação de uma unidade de inteligência artificial.

A partir desta terça-feira (30), empregados que atuam em áreas que o banco entende ter excesso nos quadros podem aderir a um plano de desligamento incentivado. Esses funcionários também poderão ser deslocados para vagas em outras unidades.

Segundo o BB, as ações aprovadas incluem revisão e redimensionamento de cargos de direção geral e em superintendências, órgãos regionais e agências. Não foi informado o número de desligamentos esperados.

De acordo com a instituição, o desligamento dos funcionários interessados poderá ocorrer por meio de aposentadoria ou no chamado desligamento consensual, previsto na legislação trabalhista.

Quem se desligar receberá uma indenização vinculada ao tempo de trabalho no banco, de até 9,8 salários. O banco ainda ressarcirá o plano de saúde dos funcionários desligados e de seus dependentes por um ano.

As mudanças foram aprovadas pelo Conselho de Administração do BB e serão implantadas neste segundo semestre de 2019. O impacto financeiro do programa será divulgado até o final de agosto.

Fachada do Banco do Brasil na avenida Paulista, em São Paulo
Fachada do Banco do Brasil na avenida Paulista, em São Paulo - Bruno Santos/Folhapress

Em relação à estrutura física, não haverá redução de pontos de atendimento, mas o BB vai transformar 333 agências em postos avançados (estrutura menor e mais barata) e 49 postos em agências. Também serão abertas 42 agências empresas. O objetivo, segundo a instituição, é “propiciar melhor experiência aos clientes e incrementar a eficiência operacional”.

Em maio, a Caixa anunciou um programa de demissão voluntária (PDV) com objetivo de reduzir 3,5 mil postos.

A instituição afirma ainda que, com o objetivo de acelerar a transformação digital do banco, será criada a Unidade Inteligência Analítica, que acompanhará o desenvolvimento de técnicas, ferramentas e inovações que utilizam inteligência analítica e inteligência artificial.

“O Banco do Brasil reitera que estas e outras iniciativas se alinham ao propósito de ampliar a competitividade, por meio da transformação digital e do dinamismo do modelo de atendimento e relacionamento”, afirma o banco em comunicado.

No final de 2016, o banco havia anunciado um plano de reestruturação que também incluía incentivo à aposentadoria de funcionários. Na época, 781 agências de um total de 5.430 deixaram de existir, um corte de 14%.

Entre março de 2017 e março de 2019, o BB reduziu o número de funcionários de 100 mil para 96,6 mil. O total de agências tradicionais caiu de 4.436 para 4.096. As agências digitais e especializadas passaram de 441 para 620.

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