Bolsa e dólar sobem em semana de Copom

Mercados aguardam definições sobre juros nos EUA e no Brasil

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São Paulo

A expectativa de queda de 0,25 ponto percentual nas taxas de juro americana e brasileira nesta semana levou o Ibovespa a recuperar o patamar de 103 mil pontos nesta segunda-feira (29), com alta de 0,64%. O dólar subiu 0,3%, a R$ 3,784, com a força da moeda americana frente aos seus principais pares.

Na quarta (31), o Banco Central brasileiro (BC) e o Fed (banco central americano) definem suas taxas básicas de juros. Com a inflação fraca nos dois países, investidores apostam em estímulos monetários para levantar a atividade econômica. 

A expectativa, segundo o boletim Focus desta segunda, é que a Selic termine o ano a 5,5% e assim permaneça em 2020. Hoje, a taxa é de 6,5%.

Além de ser uma medida de estímulo, a queda na Selic é positiva para o mercado financeiro pois eleva o valor das companhias abertas, já que suas projeções de dívidas caem. 

Apesar da expectativa de queda do juros americano, o viés foi misto no exterior com empresas de tecnologia dos Estados Unidos em queda. Dow Jones teve alta de 0,1%, S&P 500 recuou 0,16% e Nasdaq, 0,44%. Há também a expectativa sobe o encontro de americanos e chineses desta semana sobre um acordo comercial.

Paris também caiu 0,165% e Frankfurt se manteve estável. Já Londres teve alta de 1,82%, a 7.686 pontos, máxima do ano. 

Com o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o mercado vê mais chances de um Brexit sem acordo, prejudicial à economia da região. Com isso, a libra atingiu seu menor patamar desde março de 2017, a US$ 1,22. A desvalorização da moeda leva a valorização de companhias exportadoras, que ampliaram seus ganhos na Bolsa.

No Brasil, o Ibovespa subiu 0,64%, a 103.482 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,4 bilhões, abaixo da média diária para o ano.

As maiores altas foram de empresas de varejo, uma das principais beneficiadas com a queda de juros. Com crédito mais barato, o consumo tende a aumentar. Via Varejo e Magazine Luiza subiram 4,6% cada.

Ainda nesta semana, a Câmara dos Deputados retorna às atividades, com a reforma da Previdência e tributária em pauta. 

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