Os deputados rejeitaram nesta sexta-feira (12) emenda à reforma da Previdência apresentada pelo PDT que previa regras de transição mais brandas para trabalhadores do INSS e do setor público. As mudanças receberam 296 votos contrários e 165 favoráveis.
Esse foi o primeiro dos destaques votados nesta sexta por deputados, que entram no segundo dia de negociações por medidas que devem abrandar o texto-base da reforma da Previdência. Na quinta, foram abrandadas regras para aposentadoria de homens e mulheres, policiais e também da pensão por morte.
Caso fosse aprovada, a mudança teria impacto de R$ 87 bilhões em dez anos, segundo cálculos de técnicos legislativos.
A proposta do PDT estipulava uma redução de 100% para 50% do “pedágio”. Ou seja, se faltassem quatro anos para a aposentadoria, seria necessário trabalhar mais seis anos.
Na regra mantida, o servidor ou empregado vai ter que trabalhar 100% do tempo que falta –no exemplo acima, mais quatro anos.
Ainda nesta sexta, serão votados outros cinco temas pelos deputados. Acompanhe aqui.
PARTIDO | ASSUNTO | IMPACTO EM DEZ ANOS* | RESULTADO |
PDT | transição mais suave para setor privado e público | R$ 87 bilhões | rejeitado |
PDT | regras mais brandas para professor na ativa | R$ 15 bilhões | rejeitado |
Solidariedade | nova regra de transição | R$ 200 bilhões | aguarda votação |
PDT | muda a transição | R$ 110 bilhões | aguarda votação |
PT | regra de cálculo de pensão mais vantajosa | R$ 162 bilhões | aguarda votação |
PT | regra de cálculo de aposentadoria mais vantajosa | R$ 187 bilhões | aguarda votação |
Deputados devem discutir mudanças nos cálculos do valor dos benefícios para aposentadorias e pensões, em duas medidas propostas pelo PT e com potencial de reduzir a economia da Previdência em mais de R$ 160 bilhões cada.
O governo disse que não deve refazer cálculos oficialmente enquanto a votação dos destaques não for concluída.
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