Com queda no preço dos combustíveis, prévia indica inflação de 0,09% em julho

Taxa é próxima ao mês de junho, de 0,06%

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Rio de Janeiro

A prévia da inflação ficou praticamente estável em julho, 0,09%, e em linha com a variação apresentada no mês anterior, de apenas 0,06%, divulgou nesta terça-feira (23) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com os preços comportados, a alta do IPCA-15 em 12 meses é de 3,27%, abaixo da meta do Banco Central para a inflação do país, que é de 4,25% neste ano. O número reflete a fraqueza da economia brasileira e dá mais fundamentos ao discurso de investidores de que o BC deveria cortar a taxa Selic, atualmente em 6,5%, já na reunião da próxima semana.

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial (o IPCA) e registra a variação de preços entre a segunda quinzena do mês anterior e a do mês do indicador. Para essa prévia, o IBGE coletou dados entre 13 de junho e 12 de julho de 2019.

Um dos principais componentes que ajudou a manter a inflação controlada foi a queda registrada no setor de transporte, que recuou 0,44% em julho, depois de ter subido em junho em 0,25%. 

O grupo foi influenciado pelo preço dos combustíveis, que tiveram queda de 3%. A gasolina, por exemplo, diminuiu 2,79%, apresentando o impacto negativo mais intenso do mês, informou o IBGE. 

Óleo diesel (-1,59%) e gás veicular (-0,49%) também caíram depois de terem registrado alta em junho, respectivamente, de 0,86% e 1,93%.

As passagens aéreas, que já haviam subido 19,98% em junho, avançaram novos 18,10%, na esteira das férias escolares e da crise da Avianca. Os ônibus urbanos sofreram alta de 0,38%, ante 0,08% dos ônibus intermunicipais e 2,56% dos ônibus interestaduais.

Os números são explicados pelos reajustes em tarifas espalhadas pelo Brasil, como Belém (9,09%), Fortaleza (10%) e Porto Alegre (0,14%), desde o começo de junho.

Já o preço dos alimentos, que havia dado espaço à desaceleração da inflação nos meses anteriores, apresentou leve alta, após registrar queda de 0,64% em junho.

Os alimentos foram impactados pela alta nos preços da batata-inglesa, em 8,3%, e da cebola, em 12,81%. Já as frutas, com 1,22%, e o feijão carioca, em 12,47%, tiveram deflação em julho.

Despesas pessoais, com 0,48%, e saúde e cuidados pessoais, com 0,34%, foram outros destaques das altas na divulgação feita pelo IBGE nesta terça. Habitação também variou 0,43%.

​No item habitação, a energia elétrica teve inflação de 1,13%, subindo pelo sexto mês consecutivo. Belo Horizonte teve alta de 4,74%, um reajuste de 7,89% nas tarifas desde o fim de maio. Uma das concessionárias de São Paulo reajustou os valores em 7,03%. Em Curitiba e Porto Alegre, os números são de 0,68% e 0,25%, respectivamente, em julho.

O gás encanado também aumentou 10,07% em São Paulo, o que representa um aumento de 27% desde o fim de maio.

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