Descrição de chapéu Previdência

Maia quer votar Previdência na próxima semana e diz que resultado vai surpreender

Segundo o presidente da Câmara, deputados têm defendido a votação antes do recesso parlamentar

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Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste sábado (6) que quer votar a reforma da Previdência no plenário da Casa já na próxima semana e afirmou que o resultado da votação vai surpreender.

Maia se reuniu na residência oficial da Presidência da Câmara com parlamentares e integrantes do governo de Jair Bolsonaro para tentar costurar os últimos pontos antes de levar a plenário o texto aprovado na madrugada de sexta-feira (5) na comissão especial da Casa.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados - Aloisio Mauricio - 17.jun.2019/Folhapress

Participaram das conversas o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, e os líderes do PP, deputado Arthur Lira (AL), e do DEM, Elmar Nascimento (BA).

Ao fim da reunião, Maia falou com jornalistas e disse estar confiante em uma aprovação no primeiro turno de votação no plenário da Câmara. Para ser enviada ao Senado, a proposta precisa passar por dois turnos no plenário na Casa, com exigência mínima de 308 votos favoráveis em cada um.

“Acho que o resultado do primeiro turno vai ser um resultado, do meu ponto de vista, que vai surpreender a todos”, afirmou. 

Maia quer iniciar o processo de votação na terça (9) ou quarta-feira (10). “Nós temos que ter a tese que o importante é ganhar. Então nós vamos ganhar com uma boa margem para matéria que, até um ano atrás, era muito difícil você chegar nesse momento com uma perspectiva de vitória”, afirmou.

Segundo ele, deputados têm defendido a votação antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18 e vai até o final do mês.

“Se é um sentimento de parte que vem espontaneamente, significa que há um ambiente no Parlamento para que a gente consiga votar esta matéria”, ressaltou. Para ele, é necessário um quórum mínimo de 490 dos 513 deputados para que a votação não corra qualquer tipo de risco.

O parlamentar elogiou o texto aprovado na comissão especial da Câmara. “Em relação ao que foi feito desde o governo do presidente Fernando Henrique, esta reforma aprovada na comissão, que eu espero que seja mantida, a nota é 10.”

Maia deve se encontrar com o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) neste domingo (7) para continuar articulando a aprovação da reforma. 

Neste sábado, o presidente da Câmara elogiou Ramos, que assumirá a articulação política do governo. “Foi bom ele participar. É bom somar esforços de todas as áreas do governo. Não que a gente vá abrir mão do ministro Onyx, de forma nenhuma. Tem sido um ótimo aliado, um ótimo interlocutor”, disse. 

“Independente de ter articulação política com ele ou não, ele vai continuar nos ajudando. Mas o governo nomeou o ministro Ramos como articulador político, então nós também vamos conversar com ele.”

Assim como Maia, Ramos expressou confiança na aprovação da reforma na Câmara. “A ideia é construir soluções para a votação”, disse.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) também esteve na casa de Maia, mas deixou a reunião antes do fim. Foram ao local ainda Rudinei Marques, presidente da Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado), e representantes da Frentas (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público), que conversaram brevemente com o presidente da Câmara.

Aziz avalia que, no Senado, a reforma também caminha para uma votação sem grandes surpresas. “Eu espero que a gente só cumpra o prazo, que são 45 dias, no máximo, para que a gente aprove e deixe o Brasil voltar a crescer”, disse. Segundo ele, que não acredita que o texto vá sofrer grandes mudanças em relação ao aprovado na Câmara, as discussões não devem ser mais rápidas no Senado.

A comissão especial da Câmara concluiu na madrugada de sexta, depois de 16 horas de negociações, a votação do relatório da reforma da Previdência. A proposta segue para análise no plenário, onde ainda pode sofrer alterações.

O texto-base das mudanças nas regras de aposentadoria foi aprovado no início da tarde de quinta-feira (4) por 36 votos a 13. Depois, os deputados seguiram com a votação de destaques --pedidos de partidos e deputados para que uma parte específica da proposta seja analisada separadamente.

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