O mercado financeiro passou a prever que a taxa Selic cairá a 5,50% e ficará neste novo piso histórico pelo menos até o final de 2020, um sinal de que economistas contam com inflação controlada e com a continuidade da fraqueza da economia brasileira.
As projeções para o PIB não se alteraram na última semana e houve leve alteração nas estimativas para inflação.
É a segunda revisão seguida feita pelos economistas ouvidos no Boletim Focus do Banco Central. Na semana passada, eles consideravam que a Selic terminaria o ano de 2019 em 5,50%, mas subiria a 5,75% em 2020.
Atualmente a taxa básica de juros do país está no piso histórico de 6,50%. Há, porém, a expectativa é que o BC promova o primeiro corte do novo ciclo de redução na reunião desta quarta-feira (30).
O consenso do mercado é de que o corte será de 0,25 ponto percentual, mas há entre economistas aqueles que apostam em uma redução de 0,50 ponto percentual já nesta reunião.
O levantamento com mais de uma centena de economistas apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA aumentou 0,02 ponto percentual para este ano, a 3,80%, permanecendo em 3,90% em 2020.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o PIB (Produto Interno Bruto) não houve mudanças nas estimativas de crescimento de 0,82% e 2,10% respectivamente em 2019 e 2020. Entretanto, o cenário para a indústria este ano piorou com força, com uma projeção de crescimento de 0,50%, contra 0,66% antes.
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