O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo está com o “pé muito no chão” e que “ainda tem muito trabalho pela frente” para garantir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara.
“Temos consciência, humildade, fé e ainda tem muito trabalho pela frente para garantir os mais de 308 votos que teremos, se Deus quiser, na próxima semana”, afirmou Onyx logo depois de o texto-base da reforma da Previdência ser aprovado na comissão especial da Casa.
Onyx afirmou que a expectativa do governo é a de que a reforma seja aprovada pelo plenário da Câmara ainda neste mês, antes do início do recesso parlamentar.
“Estamos trabalhando para isso, mas é claro que todos que vocês trabalham na Câmara e no Senado sabem que isso depende muito do dia, mas acho que vai correr tudo bem”, disse.
“A certeza que nós temos é votar e aprovar em primeiro turno na semana que vem. Se for possível votar o segundo [turno], vamos ficar ainda mais felizes.”
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que “nenhum momento” o governo fez contabilidade dos votos que a reforma tem no plenário da Casa para “não gerar expectativa”.
“Em nenhum momento fizemos contabilidade nesse sentido para não gerar expectativa, mas se a gente for ver a proporção que foi na comissão especial, foi muito superior aos três quintos que não necessários no plenário”, disse.
O ministro esteve na Câmara para acompanhar os minutos finais da votação na comissão especial e afirmou que o resultado superou a expectativa do Palácio do Planalto.
“Fizemos uma aprovação aqui na comissão especial com uma diferença de voto extraordinária, bem maior do que a gente imaginava, o significa que encaminha muito bem para a decisão do plenário”, disse.
Por 36 a 13, a reforma da Previdência foi aprovada pela comissão especial da Câmara, mas a votação ainda não foi concluída. O colegiado é formado por 49 membros.
Ainda precisam ser votados os chamados destaques —pedidos de partidos e deputados para que uma parte específica da proposta seja analisada separadamente.
Após a conclusão da votação na comissão, a reforma seguirá para apreciação do plenário da Câmara. A data ainda não foi definida.
O secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, disse que os 36 votos obtidos na comissão representam um resultado melhor do que os 34 votos estimados inicialmente pelo governo.
"Nós esperávamos um resultado maiúsculo e foi um pouco maior até que os cálculos que nós tínhamos, o que demonstra uma possibilidade de que isso possa ser replicado no plenário da Câmara. Há um ambiente favorável", disse.
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