O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta quinta-feira (25) que o tabelamento
do frete “contribui para aprofundar os problemas” dos caminhoneiros e que a estatal já fez o que estava ao seu alcance para melhorar a situação.
“Ao contrário do que acontecia no passado, a empresa não faz reajustes diários [no preço dos
combustíveis], espaça os reajustes, e sugeriu à BR Distribuidora que desenvolvesse o cartão do caminhoneiro para que seja garantido o preço [mais baixo] na sua viagem”, disse em evento na B3 que celebrava a oferta pública de ações da BR.
Para ele, o problema dos motoristas não é o preço do diesel. “Mesmo se a Petrobras cobrasse
preços venezuelanos, isso não adicionaria em nada aos caminhoneiros [porque] lhes falta carga. O tabelamento do frete contribui para a ruína dos caminhoneiros.”
O executivo citou o processo de verticalização do transporte feito por setores como o do agronegócio
para reduzir custos impostos com o tabelamento como exemplo de ação que agrava a oferta já saturada de caminhões.
“Os caminhoneiros têm sérios problemas motivados pelo excesso de oferta gerado por uma expansão
irresponsável de crédito subsidiado no passado pelo BNDES”, afirmou Castello Branco.
No mesmo evento, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou que greve de caminhoneiro "só acontece em país que tem estatal de petróleo".
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