As autoridades do Banco Central Europeu (BCE) estão preocupadas que o crescimento esteja mais fraco do que se pensava anteriormente, e um pacote de medidas pode ser a melhor maneira de combater a desaceleração. A alternativa foi considerada na reunião de política monetária da instituição de 25 de julho, mostrou ata divulgada nesta quinta-feira (22).
Com o crescimento e a inflação desacelerando há meses, o presidente do BCE, Mario Draghi, prometeu mais estímulo já em setembro e um fluxo constante de dados fracos desde a reunião apenas reforçou a possibilidade de mais suporte.
A ata da reunião mostrou que as opções disponíveis para o BCE incluem uma combinação de cortes de juros, compras de ativos e mudanças na orientação das taxas de juros.
O banco também pode oferecer mais suporte ao setor bancário, que transmite política monetária frouxa à economia real através de um alívio da taxa de juros negativa do BCE.
"Expressou-se a opinião de que as várias opções devem ser vistas como um pacote, ou seja, uma combinação de instrumentos com complementaridades e sinergias significativas", disse o BCE.
"A experiência mostrou que um pacote - como a combinação de cortes nas taxas de juros e compras de ativos - foi mais eficaz do que uma sequência de ações seletivas", acrescenta a ata.
As autoridades na reunião de julho também expressaram preocupação com os dados recebidos, que apontam para outro corte nas previsões do BCE e problemas fora da zona do euro que ameaçam infectar a economia do bloco.
A zona do euro mal cresceu no segundo trimestre e a Alemanha, a maior economia do bloco, pode já estar em recessão com a guerra comercial global, a desaceleração da China e a incerteza quanto ao Brexit diminuindo a demanda por exportação e afetando a confiança em seu vasto setor manufatureiro.
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