O BNDES (Banco Nacional de desenvolvimento Econômico e Social) agendou para o dia 22 de outubro nova tentativa de privatizar a Lotex, estatal responsável pela venda de loterias instantâneas, as chamadas "raspadinhas". As propostas devem ser entregues ao banco até 17 daquele mês.
O preço mínimo da empresa é R$ 542 milhões. A data do leilão foi anunciada um dia depois que o governo flexibilizou exigências em mais uma tentativa de atrair interessados para a empresa, que o BNDES tenta vender desde 2017.
As novas regras reduzem de R$ 1,2 bilhão para R$ 560 milhões a exigência de faturamento com a operação de loterias semelhantes para qualificação de interessados. Também ampliam de quatro para oito parcelas o pagamento do bônus de assinatura.
Iniciada ainda sob o governo Michel Temer, a privatização da Lotex enfrentou resistências de trabalhadores da Caixa, que opera o produto, e de estados —Rio e Piauí chegaram a ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) com termo de perderem o poder de vender suas próprias raspadinhas.
Mas esbarrou mesmo na falta de interessados. O BNDES publicou já havia publicado dois editais, mas os leilões sofreram diversos adiamentos diante da falta de propostas. No fim de 2018, o governo permitiu o parcelamento do bônus em quatro prestações, que não era previsto no edital inicial.
Com a redução das exigências para os participantes, o objetivo é tentar atrair novas empresas para avaliar a companhia. Responsável pela avaliação da Lotex, o PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) defende que há potencial de crescimento na exploração do serviço e segurança jurídica para investidores.
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