Dólar encosta nos R$ 4 com piora do mercado americano

Bolsas operam em queda com cortes de juros; moeda chinesa volta a se desvalorizar

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São Paulo

Após alívio na véspera, as Bolsas americanas operam em queda nesta quarta-feira (7). A aversão ao risco se intensificou com cortes de juros além do esperado pelo mercado na Nova Zelândia, Índia e Tailândia. O yuan, moeda chinesa, voltou a se desvalorizar frente ao dólar e é cotado a 7,06 yuans por dólar, maior patamar desde 2008.

O cenário levou o índice Dow Jones a recuar 1,13% por volta das 12h22. A Bolsa brasileira acompanha a piora no mercado dos Estados Unidos e recua 0,68%, a 101.467 pontos. O dólar também opera pressionado, com alta de 0,7%, a R$ 3,984. Pela manhã, a moeda encostou nos R$ 4, a R$ 3,994.

Operadores da Bolsa de Nova York observam computadores com preocupação
Bolsas de Valores voltam a cair com cortes de juros maiores que o esperado e desvalorização da moeda chinesa - Xinhua/Wang Ying

Também em Nova York, os índices S&P 500 e Nasdaq recuam 0,56% e 0,5%, respectivamente. O título do tesouro americano de 10 anos tem queda de 3,86%, após recuar 7,46% na segunda (5). O ouro sobe 1,27%, a US$ 48,68. No Brasil, a commodity sobe 5,2%, a R$ 203.

Na terça (6), o banco central chinês fixou o ponto médio do yuan, que determina o ponto em torno do qual a moeda pode ser negociada, em 6,9683 por dólar, acima das expectativas do mercado. Hoje, a autoridade elevou o ponto médio para 6,9996 yans por dólar.

Com a nova depreciação da moeda, a sensação de trégua na guerra comercial pelos investidores se dissipou e elevou o temor que os efeitos da disputa entre Estados Unidos e China sejam ainda mais severos no crescimento econômico. 

"Quanto maior for a percepção de que EUA e outras economias possam entrar em recessão, maior será o impacto negativo nas bolsas do mundo – e não devemos ficar de fora dessa no curto prazo", diz relatório da Rico Investimentos.

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