Dólar vai a R$ 4 e Ibovespa cai mais de 2% com primárias argentinas

Oposição kirchnerista teve 47% dos votos contra 32,6% de Macri e venceria no primeiro turno

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São Paulo

O dólar sobe quase 2% e opera acima dos R$ 4, maior patamar desde maio, na manhã desta segunda-feira (12), após uma a vitória da oposição kirchnerista nas primárias argentinas. O mercado se surpreendeu com a grande vantagem da chapa de Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner contra o atual líder Mauricio Macri. 

Com 58% das urnas apuradas, a Fernández e Kirchner tinham 47% dos votos contra 32,6% da chapa do atual presidente, Mauricio Macri. A tendência, segundo o órgão eleitoral, é que a diferença continue assim até o final da apuração. 

Na Argentina, o dólar tem alta de 33,5% em relação ao peso argentino, a 60,5 pesos por dólar, máxima histórica. A Bolsa do país recua 8,84%.

A Bolsa brasileira também opera pressionada pela mudança de rumos na Argentina. O Ibovespa recua 2%, às 11h24, a 101.960 pontos.

O mercado contava com a reeleição de Macri em outubro, o que se torna improvável com o resultado das primárias. Na sexta-feira (9), o otimismo no país levou a Bolsa argentina a subir 8% e chegou ao maior patamar do ano.

O mercado esperava uma diferença de 9 pontos percentuais, mas os resultados apontam uma distância de 15 pontos. 

"Nós não vemos nenhum caminho possível hoje para que o Macri possa reverter este cenário até outubro, o que indica uma vitória de Fernandez e Kirchner", diz relatório da XP Investimentos.

Além da Argentina, as tensões em Hong Kong e a guerra comercial entre Estados Unidos e China também impactam os mercados nesta segunda. Na Europa e Estados Unidos, as Bolsas operam em queda. Dow Jones e S&P 500 recuam 0,75% cada.

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