O peso argentino recuava mais uma vez nesta terça-feira (13), com a turbulência no mercado doméstico se estendendo pelo segundo dia após a vitória do candidato de oposição Alberto Fernández nas eleições primárias. O resultado afetou severamente uma possível reeleição do presidente Mauricio Macri.
O peso chegou a perder 9,32% de seu valor nesta terça-feira, tocando 59 por dólar. A moeda atingiu seu menor nível de todos os tempos na segunda-feira, de 65 por dólar, uma queda de 30%, em meio a temores de que um governo de Fernández possa levar a Argentina de volta a políticas econômicas populistas.
Em uma entrevista na segunda-feira, Fernández disse que estava disposto a colaborar com o atual governo depois que sua vitória no domingo acabou afetando o peso, as ações e os títulos do governo.
Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como sua companheira de chapa, conseguiu uma liderança surpreendente com uma vantagem de 15% em relação a Macri.
Dados da Refinitiv mostraram que os títulos, as ações e a moeda da Argentina não registram o tipo de queda simultânea observada na segunda desde a crise econômica de 2001.
Enquanto os títulos do governo e ações mostravam sinais de estabilização nesta terça-feira, outros dados sugeriam que a economia da Argentina não irá se recuperar rapidamente.
O risco da Argentina subia quase 100 pontos-base para o nível mais alto em mais de 10 anos.
O custo da proteção à exposição à dívida soberana da Argentina voltou a subir nesta terça-feira, segundo dados da IHS Markit. Os cálculos da Markit precificam a probabilidade de um default soberano de mais de 72% nos próximos cinco anos.
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