Presidente da Eletrobras tem BR como exemplo para privatizar elétrica

Wilson Ferreira Junior afirmou que a privatização foi acertada com o presidente Jair Bolsonaro

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Rio de Janeiro

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, participou de uma teleconferência para acionistas nessa terça-feira (13), onde falou sobre o processo de privatização da empresa. Segundo ele, estudos estão sendo realizados, mas a ideia seria que o caminho fosse por capitalização.

"É uma decisão do acionista controlador. Deu autorização para que estudos fosem aprofundados sobre eventual desestatização da Eletrobras. Esse processo de capitalização recomeça agora”, apontou.

"A decisão é de capitalização. O que significa? Que a companhia é aberta. Vocês acompanharam a BR Distribuidora. A operação com a Eletrobras é semelhante, não igual. O governo vai lançar novas ações e não vou acompanhar esse aumento de capital. Esse capital entrando vai permitir zerar algumas dívidas", apontou Ferreira Junior.

A privatização da BR Distribuidora ocorreu em 24 julho, após a Petrobras vender o equivalente a R$ 8,6 bilhões em ações da subsidiária de postos de combustíveis. A subsidiária já tinha ações negociadas em Bolsa desde 2017, o que tornou a privatização relativamente mais simples.

Logotipo da Eletrobrás é exibido em uma tela no andar da Bolsa de Nova York , em Nova York, EUA - Brendan McDermid/Reuters

Wilson Ferreira Junior confirmou que a privatização da Eletrobras foi acertada com o presidente Jair Bolsonaro. No começo deste mês de agosto, o político do PSL deu sinal positivo para que a União deixe o controle da Petrobras.

"O processo [de privatização] é de capitalização. Sou o executor de uma decisão do acionista. O estado controla a companhia e a decisão", disse Wilson aos jornalistas, logo depois da teleconferência com o acionistas.

Wilson Ferreira não quis estipular uma data para que a privatização tenha início. "O que tenho a BR como modelo é apenas de que o governo saiu do controle. A operação é simples. Precisa ser arquitetada pelo governo", disse ele. Antes de ter aprovação, o projeto ainda deve correr pelo Congresso.

A expectativa é de que o processo de privatização seja realizado até fevereiro, segundo o presidente da Eletrobras. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez o comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na semana passada. 

Ferreira esteve nesta terça no auditório da Eletrobras, centro do Rio de Janeiro, para falar sobre o resultado da estatal no segundo trimestre do ano. A Eletrobras divulgou horas antes seu balanço do período com lucro de R$ 5,5 bilhões, 305% superior ao obtido na mesma época em 2018. O resultado foi reflexo principalmente da reversão do patrimônio negativo da Amazonas Energia, que privatizou.

No fim de julho, Furnas, subsidiária da Eletrobras, também já havia mencionado processo de capitalização na empresa. "É uma saída inteligente e fácil do ponto de vista operacional. A venda da BR Distribuidora foi fácil, uma simples venda de ações na Bolsa”, analisou na ocasião o novo presidente de Furnas, Luiz Carlos Ciocchi.

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