Simplificar vida do empreendedor fortalece retomada, diz Sachsida

Para secretário de política econômica, é estratégico assegurar o bom ambiente para os negócios

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São Paulo

Para o secretário de política econômica do governo Bolsonaro, Adolfo Sachsida, a economia brasileira já engrenou a retomada, mas ainda é difícil estabelecer um horizonte para uma geração mais sólida de novos postos de trabalho.

"O país está voltando passo a passo, mas infelizmente não é ainda neste Natal", disse o secretário, durante evento sobre cenários macroeconômicos promovido pelo banco BTG Pactual nesta quinta-feira (8), em São Paulo. 

Como alternativa para tornar o mercado de trabalho mais dinâmico, Sachsida afirmou que o governo vem tomando medidas para destravar o empreendedorismo no país. Uma das medidas, segundo o secretário, seria a não exigência mais de uma inspeção prévia para abertura de empresas.

Essa análise prévia deixou de ser exigida, na semana passada, após o secretário de Previdência, Rogério Marinho, baixar uma portaria revogando a NR 2 (Norma Regulamentar 2), que faz parte do arcabouço legal das regras de segurança do trabalho. 

"Se você for abrir uma loja de roupa em um shopping, você vai ter que ter um certificado de risco biológico. O Rogério Marinho, com sua equipe, está acabando com isso."

Sachsida disse também que a liberação dos R$ 500 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode parecer pouco à primeira vista, mas que que terá forte impacto sobre a recuperação da economia brasileira por causa de seu efeito sobre o consumo.

"Por exemplo, para o estado de São Paulo, 28 milhões de trabalhadores vão receber esse dinheiro, [são] R$ 15 bilhões a mais na economia paulista. No Nordeste, 30% da população vai ser atingida pela distribuição do FGTS."

No caso da opção do saque-aniversário, o secretário afirmou que a medida deve afetar a produtividade do país.

"Isso tem impactos importantes na produtividade, pois o trabalhador agora pode sacar um pouquinho do dinheiro todo ano. O incentivo para ele continuar na empresa aumentou. O incentivo para o patrão aumentar a qualificação aumentou", afirmou Sachsida.

Além disso, por ter acesso ao dinheiro do fundo todo ano, o trabalhador vai ter uma garantia para conseguir acesso a crédito mais barato. 

"Vamos replicar para o trabalhador do setor privado o sucesso visto com o consignado para o funcionário público", disse.

Também no debate, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou que o governo Bolsonaro vem derrubando burocracias que travavam a economia. 

Entre as medidas citadas pelo secretário estão a revisão do e-Social, com o lançamento de uma nova plataforma, e o avanço no reconhecimento de patentes, com a assinatura do protocolo de Madri.

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