A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu a XP Investimento e seu sócio-fundador Guilherme Benchimol de acusação de falhas nos registros de ordens transmitidas por clientes a agentes autônomos que atuam para a corretora.
O diretor da CVM Gustavo Gonzalez votou pela absolvição dos acusados pois acredita que "os intermediários se desincumbem das obrigações de registro e arquivamento de ordens mediante a implementação de controles efetivos".
O diretor acrescenta em seu voto que a amostra de ordens colhida pela acusação não seria suficiente para concluir que os sistemas de registro e arquivamento de ordens da corretora eram inadequados.
Com base no voto de Gonzalez, o colegiado da CVM votou, por maioria, na absolvição da XP Investimento e de Guilherme Benchimol.
Em fevereiro, a XP informou que o processo se referia a uma auditoria realizada em 2016, que selecionou 48 ordens em três escritórios. Em um deles, a CVM teria encontrado falhas na formalização dos registros de 7 ordens, obtidas com o cliente após a execução.
Na ocasião, a empresa se defendeu em nota dizendo que não houve nenhuma reclamação ou prejuízo por parte dos clientes nem qualquer problema sistêmico, havendo apenas uma falha pontual, já corrigida.
Procurada, a XP não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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