Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Brasil tem mania de sentar em coisa pública, diz Guedes sobre privatizações

Durante evento em Fortaleza, ministro voltou a citar Correios como estatal que deveria ser vendida

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Fortaleza

Durante evento na capital cearense nesta quinta-feira (5), o ministro da Economia Paulo Guedes voltou a dizer que o governo pretende acelerar as privatizações. Brincou, ainda, que pretende criar um PAV, o Programa de Aceleração de Privatizações, em alusão ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.

"Vamos levar ao TCU umas 15 empresas e tentar agilizar o processo. O setor público em 40 dias vende, quem ofereceu mais leva. No Brasil tem essa mania de sentar em coisa pública", disse Guedes.

Paulos Guedes durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro - Tânia Rêgo - 26.jul.2019/Agência Brasil

"Qual a dúvida de privatizar os Correios? Lá nasceu o Mensalão [denúncia de compra de votos de parlamentares no governo Lula], ninguém escreve carta mais. Imagina isso disputado por gigantes", afirmou o ministro, aplaudido por diversos momentos pelos convidados, a maioria empresários da região Nordeste, durante sua palestra em Fortaleza.

 

Os Correios é uma das estatais passíveis de venda para o governo mais citadas pelo ministro durante participação em palestras pelo país, como fez recentemente no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

Segundo Guedes, a venda dos Correios, por exemplo, ajudaria inclusive funcionários da empresa que não conseguiram se aposentar. "Tem 100 mil carteiros que perderam aposentadoria porque quando quebram a empresa é no fundo. A nuvem de gafanhoto passa e não deixa nada. Tem que garantir a aposentadoria dessa turma, qual o problema de vender os Correios? Tem oito caras querendo comprar".

Ele também ressaltou a importância do Pacto Federativo, projeto que será enviado ao Senado. "Temos que recuperar os orçamentos, os políticos têm que ter liberdade para usar seus investimentos. Se o prefeito quiser comprar ambulância, porque precisa, compre". 

Segundo Guedes, é preciso que prefeitos e governadores assumam a responsabilidade de seus orçamentos, "em vez de pedir um dinheirinho". "Um prefeito contou que é obrigado a comprar uniformes quatro vezes por ano. E as escolas estão mais vazias, as pessoas têm menos filhos e ele é obrigado a gastar. Essa descentralização de recurso pode desembocar em uma reforma política".

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