Cielo dobra aposta na venda de maquininhas e lança isenção temporária de taxa

Movimento faz parte da estratégia da companhia para tentar mudar a composição de sua base de clientes

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São Paulo | Reuters

A Cielo está reforçando a aposta na expansão de sua base de pequenos clientes, oferecendo isenção temporária de taxas na venda de novos terminais de pagamentos, em mais um capítulo da guerra das maquininhas no país.

Líder no mercado de meios eletrônicos de pagamentos no Brasil, a Cielo informou nesta segunda-feira (30) que passará a oferecer na terça-feira (1º), taxa zero para clientes que comprarem os dispositivos da companhia, sejam com marca própria ou dos bancos controladores, Bradesco e Banco do Brasil.

A isenção da taxa, conhecida no mercado como MDR, vale por três meses ou até que o cliente atinja R$ 1,5 mil em vendas no débito ou crédito à vista, o que ocorrer primeiro. Depois, passa a valer a taxa padrão, de 1,99% sobre operações com cartões de débito e de 4,99% com cartões de crédito, à vista.

Movimento faz parte da estratégia da companhia para tentar mudar a composição de sua base de clientes - Mário Bittencourt - 31.out.14//Folhapress

O movimento faz parte da estratégia iniciada pela companhia em março do ano passado para tentar mudar a composição de sua base de clientes. Hoje, cerca de 65% dos clientes da Cielo têm receita anual acima de 15 milhões de reais. A meta é que nos próximos anos 60% da base seja de clientes de pequeno porte.

A linha de frente dessa campanha tem sido apoiada na venda de terminais, em vez do aluguel, como fazia antes. Desde então, vendeu mais de 1 milhão de maquininhas. Agora, a meta é atingir 1,5 milhão de terminais vendidos até o final de 2019.

Em outra frente, a Cielo lançou o Cielo Pay, sistema para transações por meio de contas de pagamentos, num modelo similar ao de fintechs que vêm crescendo velozmente no país, como Nubank, Mercado Pago, Banco Original e Banco Inter.

"Queremos ter na prateleira as mais variadas soluções para esse público de pequenos empreendedores, que tem crescido e deve continuar crescendo forte no ano que vem", disse Mário Casasanta, vice-presidente da Cielo.

Segundo o executivo, além da própria rede do Bradesco e do BB, a Cielo deve fazer campanhas de venda de terminais em feiras setoriais e populares, além de multiplicar o número de lojas próprias. "São quatro lojas nossas em funcionamento, serão mais neste ano e mais 12 no ano que vem", completou Casasanta.

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