A varejista de moda Forever 21 informou no domingo (29) que entrou com pedido de recuperação judicial para reestruturar seus negócios nos Estados Unidos.
A medida representa outro revés de empresas que não conseguiram se adaptar à tendência de compras online em oposição ao consumo em lojas físicas.
Desde o início de 2017, mais de 20 varejistas americanas, incluindo a Sears Holdings e a Toys 'R' Us, pediram recuperação judicial.
A Forever 21 disse que recebeu US$ 275 milhões em financiamento de seus credores com o JPMorgan Chase Bank, N.A. como agente, e US$ 75 milhões em capital pelo TPG Sixth Street Partners e outros fundos afiliados.
A iniciativa vai provocar o fechamento de 350 lojas em todo o mundo, informou o Wall Street Journal.
A companhia planeja fechar a maior parte das lojas na Ásia e na Europa. No Japão, a companhia deve encerrar 14 lojas até o fim de outubro.
A empresa também disse que sua subsidiária canadense pediu falência e planeja concluir o negócio, fechando 44 lojas no país. A operação deve ser mantida no México e na América Latina.
A empresa afirmou que a reestruturação permitirá que ela se concentre na parte lucrativa de suas operações e feche alguns locais internacionais.
"Solicitamos aprovação para fechar até 178 lojas nos EUA. As decisões sobre quais lojas serão fechadas estão pendentes, enquanto aguardamos o resultado de conversas contínuas com os proprietários", disse a empresa em comunicado por email. Apesar disso, a empresa não pretende deixar o mercado americano.
Fundada em Los Angeles, em 1984 pelo casal sul-coreano Do Won e Jin Sook Chang, a Forever 21 opera mais de 815 lojas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. A marca se tornou atraente a jovens ao conseguir vender roupas similares a de grandes marcas a preços acessíveis.
Competindo com empresas como H&M e Zara, a rede iniciou uma expansão agressiva no setor de roupa masculina e calçados após a crise econômica de 2008.
Analistas consideram que a marca falhou no momento de reagir ao avanço das vendas online, assim como ao impacto da mudança de atitude dos consumidores pelo impacto no meio ambiente das redes 'fast fashion' e sua preocupação com as condições de trabalho nas fábricas que elaboram seus produtos.
Com Reuters e AFP
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