O departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco reduziu sua projeção para a taxa básica de juros a 4,5%, a Selic, no final de 2019 (de 4,75% anteriormente) e estabilidade em 2020, citando que a dinâmica inflacionária continua muito comportada.
A equipe, capitaneada pelo economista Fernando Honorato, também revisou previsão do IPCA para 3,1% em 2019 (de 3,5% anteriormente) e 3,7% em 2020 (de 3,9% anteriormente), de acordo com relatório nesta sexta-feira (11).
"Se por um lado as surpresas baixistas com a inflação sugerem cortes adicionais de juros, por outro a recuperação que começa a ganhar corpo pode diminuir a necessidade, por parte do Banco Central, de prover estímulos adicionais", afirmou.
O Bradesco reiterou previsão de que o PIB brasileiro crescerá 0,8% em 2019 e 1,9% em 2020.
"Em nossa visão, essa é uma discussão que ocorrerá nos próximos meses, mas entendemos que hoje o primeiro vetor tende a prevalecer sobre o segundo. Esse aparente 'dilema' se equacionará no debate sobre juros neutros."
Em relação à taxa de câmbio, os economistas também mantiveram a previsão de R$ 4 por dólar para o final de 2019 e R$ 3,9 por dólar para 2020.
No mesmo movimento, o banco Santander já havia revisado para baixo sua estimativa para a taxa básica de juros no final deste e do próximo ano, de 5,25% para 4,5% em 2019 e em 2020.
O Santander também reduziu as projeções para o IPCA, índice oficial utilizado como meta para a inflação, de 3,6% para 3,3% em 2019 e de 3,9% para 3,5% em 2020.
Em relatório, a instituição afirma que os dados de atividade econômica continuam emitindo sinais mistos, com produção industrial declinando e serviços crescendo. Por isso, a avaliação é que o gradualismo seguirá marcando o processo de retomada econômica nos meses à frente.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.