O presidente do conselho de administração da Natura, Guilherme Leal, afirmou nesta quinta-feira (24) em São Paulo que o governo Bolsonaro deve "definir um rumo mais saudável" em sua política ambiental.
Segundo o empresário, a reação do governo para conter as manchas de óleo na costa do Nordeste deveria ter sido mais ágil.
"É uma catástrofe ambiental de uma dimensão até então desconhecida, mas reforça a importância de se ter uma atuação preventiva muito significativa, na medida em que temos uma exploração de petróleo muito relevante na costa brasileira", afirmou à Folha durante evento da revista "The Economist".
Para Leal, embora a tragédia não seja culpa da União, "a gente gostaria que tivesse tido mais agilidade na reação. Espero que esse choque faça com que o governo rearticule melhor seus comitês e instituições encarregadas de agir" em casos de acidentes ambientais.
Ele afirmou que espera e confia que a gestão Bolsonaro "vai ficar mais sensível e vai definir um rumo mais saudável" na abordagem às crises ambientais.
O empresário voltou a dizer que a discussão provocada por problemas como o aumento do desmatamento na Amazônia e o derramamento de óleo "estão trazendo mais luz sobre o tema [ambiental] e demonstrando que não é dá pra ficar relegado a grupos ideológicos teoricamente mais alinhados à esquerda. Não, é uma situação real e concreta que precisa ser endereçada."
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