Mesmo com o ciclo de queda da Selic, a poupança continua mais vantajosa que a maior parte dos fundos de renda fixa. O corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, anunciado nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central, deixa o investimento mais vantajoso que fundos com taxa de administração a partir de 1% no curto prazo, para resgates até seis meses.
No longo prazo, para resgates após dois anos, a poupança bate os fundos com administração com taxa de administração a partir de 2%.
Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), as modalidades empatam em desempenho em dois casos: quando a taxa de administração do fundo for de 1% em um prazo de resgate de seis meses a um ano e quando a taxa for de 1,5% e o resgate acontecer entre um e dois anos.
Pelas contas da associação, os fundos de investimentos têm um rendimento superior às contas da poupança quando a taxa de administração é de até 0,5%, independente do prazo.
Os fundos também são melhores quando a a taxa é de até 1% para prazos a partir de um ano, ou quando o prazo de resgate é superior a dois anos com uma taxa anual de até 1,5%.
O rendimento da poupança com a Selic a 5%, segundo a Anefac, é de 3,5% ao ano e de 0,29% ao mês. Este percentual é proporcional ao rendimento anual de 70% da Selic mais a taxa referencial (TR) que, no momento, é zero.
Além de não ter taxa de administração, a poupança se destaca em relação aos fundos de renda fixa por ser isenta de imposto de renda.
Devido a incidência do IR, aplicações em CDB (Certificados de Depósito Bancário) são mais vantajosas que a poupança apenas quando têm um rendimento acima de 85% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), aponta a Anefac.
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