Para presidente do Itaú, Previdência abre caminho, mas outras reformas são necessárias

Para Candido Bracher, a mais urgente é a que puder melhorar indicadores de educação

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São Paulo

O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, disse nesta segunda-feira (28) que o país precisa de uma série de reformas para voltar a crescer de forma sustentável.

Para ele, a mais urgente é aquela que conseguir melhorar os indicadores de educação.

Bracher abriu evento sobre competitividade, organizado pelo Todos pela Educação. No discurso de abertura, destacou a importância da reforma da Previdência na retomada do crescimento.

“Nós tivemos recentemente a aprovação da reforma da Previdência, importantíssima, e vai permitir que nós alcancemos o equilíbrio das contas públicas e com isso abrir caminho para a retomada do crescimento. Mas tem outras reformas que se fazem necessárias para que esse crescimento esteja mais próximo do nosso potencial. São as reformas que impactam a produtividade da nossa economia brasileira.”

O presidente do banco Itaú, Candido Botelho Bracher, durante o terceiro dia do Fórum Econômico Mundial, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. (2018-03-15) - Eduardo Anizelli/Folhapress

“Não consigo pensar em uma outra tão fundamental e cujos efeitos possam ser tão duradouros, quanto a da educação. Sem uma melhora radical na qualidade da nossa educação o país está condenado a um crescimento medíocre.”

Bracher disse também que, exceto os países produtores de petróleo, nenhum outro teve crescimento sustentável sem investimento em educação. Mesmo nesses casos, ele considera que esse crescimento pode ser fugaz.

Do ponto de vista corporativo, destacou que as grandes empresas são todas baseadas em investimento em capital social. “Se pegarmos as empresas que valem mais de US$ 1 bilhão na Bolsa de Nova York, são todas empresas de capital intelectual.”

Bracher abriu o debate “Educação e agenda da competitividade”, no qual o diretor global de educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra, apresentou dados do projeto de Capital Humano, que calcula o potencial produtivo gerado pelo investimento em educação.

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