Serviços têm 5ª queda de 2019 em agosto, diz IBGE

Com retração de 0,9%, transportes exerceram principal influência para recuo do setor

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Rio de Janeiro

O setor de serviços recuou 0,2% em agosto, o quinto resultado negativo do ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (11).

Com o resultado de agosto, o desempenho do acumulado nos últimos 12 meses desacelerou para 0,6%, perdendo ritmo frente a junho (0,7%) e julho (0,9%).

Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as cinco taxas negativas definem o panorama do ano até aqui. “A variação negativa de 0,2% [em agosto]é moderada, mas as cinco taxas negativas foram mais intensas do que as positivas, fazendo o setor de serviços ficar 1,5% abaixo do nível de dezembro de 2018”, disse.

A queda de 0,9% no setor de transportes foi uma das principais causas do recuo mensal. Na comparação com agosto de 2018, teve recuo de 7,9%.

 “Transportes estão em queda em todas as comparações, incluindo os índices acumulados no ano e em 12 meses. Sua grande aderência com a atividade industrial explica esse comportamento”, disse Lobo.

Também caíram no mês os segmentos de serviços prestados às famílias (-1,7%) e outros serviços (-2,7%).

Avião decolando no aeroporto Santos Dumont
Transporte aéreo tem recuo de 4,4% entre julho e agosto - Fernando Frazão - 17.set.2019/Agência Brasil

O IBGE ainda informou que o índice de atividades turísticas caiu 4,2% frente ao mês anterior, após alta de 0,2% em julho. Na comparação com agosto de 2018, a atividade recuou 2,9%.

Os principais fatores que definiram os rumos da atividade foram a queda de receita das empresas de transporte aéreo. Em sentido contrário, locação de automóveis e de hotéis subiram.

Sobre agosto de 2018, os serviços caíram 1,4%, no quarto recuo nessa base de comparação.

Além dos transportes, contribuíram para o resultado ruim o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%).

"Considerando toda a série histórica, iniciada em 2011, o volume de serviços do país se encontra 12,1% abaixo do recorde, alcançado em novembro de 2014", informou o IBGE.

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