Dólar se mantém a R$ 4,19 e Bolsa ensaia recuperação

Ibovespa sobe 0,46%, a 106 mil pontos

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São Paulo

A cotação do dólar se manteve estável nesta quinta-feira (14), a R$ 4,191, segundo cotação da CMA. O valor é segundo maior nominal da história.

O pico nominal é de 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais, quando o dólar foi a R$ 4,197. Em valores reais, corrigidos pela inflação, a máxima é de 2002, com dólar a R$ 10,80, segundo dados da Economatica.

Na semana, o dólar acumula alta de 0,55%. Na semana anterior, a moeda havia acumulado a maior alta semanal desde 2018, com a saída de Lula da prisão em Curitiba e fracasso do leilão do pré-sal.

Nesta quinta (14), véspera de feriado, a Bolsa brasileira se recuperou de duas sessões de queda e subiu 0,46%, a 106.556 pontos. O volume negociado foi de R$ 16,6 bilhões, dentro da média diária para o ano. 

A maior alta do dia foi da Via Varejo que, após teleconferência dos diretores com analistas, disparou 8,3%, a R$ 7,60. Apesar de um prejuízo de R$ 244 milhões no terceiro trimestre, investidores estão confiantes com a recuperação da empresa. Na teleconferência, o presidente Roberto Fulcherbergueras afirmou que as margens de lucro da companhia tendem a crescer nos próximos trimestres, uma vez que os resultados das iniciativas de melhora operacional ganhem tração.

Na outra ponta, as ações da Braskem despencaram 5,5% antes da divulgação do seu balanço trimestral, para o qual o mercado estipula prejuízo líquido.

Na semana, o Ibovespa acumula queda de 1%, o pio desempenho desde a primeira semana de outubro. À época, indicadores da economia americana surpreenderam o mercado de maneira negativa e a Bolsa brasileira chegou a perder os 100 mil pontos durante o pregão, acumulando uma queda semanal de 2,4%.

Desta vez, os dados econômicos que decepcionaram vieram da China. A produção industrial e as vendas no varejo vieram pior do que as expectativas do mercado, um provável impacto da guerra comercial. 

"A China já é vista como uma 'caixa preta' pelo mercado, por isso indicadores mostrando deterioração trazem uma preocupação extra", afirma relatório da Rico Investimentos.

Por outro lado, a Alemanha evitou, por pouco, a recessão —quando há dois trimestres seguidos de contração da economia. O PIB (Produto Interno Bruto) do país no período teve um crescimento de 0,1% em relação ao trimestre anterior, que, por sua vez, teve recuo de 0,2%.

No Brasil, notícias positivas: a atividade econômica brasileira teve em setembro a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho em quatro meses, apontou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), espécie de prévia do PIB, divulgado nesta quinta (14)

O IBC-Br subiu 0,44% em setembro sobre agosto. No terceiro trimestre sobre o anterior, a alta foi de 0,91%, de acordo com dados dessazonalizados.

“A leitura de setembro encerrou o primeiro trimestre positivo no ano, apontando para uma melhora no ritmo de recuperação da economia brasileira, que pode estar refletindo em parte a liberação inicial dos fundos do FGTS e da Semana do Brasil, além do movimento de cortes da Selic iniciado em julho. Em função deste resultado, esperamos um crescimento do PIB na ordem de 0,36% no 3T19”, afirma relatório da Guide Investimentos.  

Já a guerra comercial entre China e Estados Unidos permanece indefinida. Nesta quinta (14), os chineses suspenderam a proibição de quase cinco anos a importações de carne de frango americana, como parte da negociação comercial entre os países. 

A importação de frango americano estava suspensa na China desde o surto de gripe aviária em 2015.

No exterior, Bolsa de Nova York fechou estável, Frankfurt caiu 0,4% e o índice CSI 300, que reúne as Bolsas chinesas de Xangai e Shenzen, subiu 0,15%.

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