A FUP (Federação Única dos Petroleiros) informou nesta quarta-feira (27) que decidiu suspender a mobilização de petroleiros da Petrobras iniciada na segunda-feira (25) com previsão de durar cinco dias, informou a entidade em nota, ao afirmar que o efeito do movimento foi positivo.
Segundo nota da FUP, "o movimento conseguiu chamar a atenção da sociedade para a política de demissões e transferências em massa, de venda de ativos e de reajustes constantes da gasolina e do óleo diesel promovida pela atual gestão da empresa", além de garantir a produção de petróleo e o abastecimento de combustíveis para a população.
Os petroleiros haviam decido manter a mobilização, mesmo após um ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) ter impedido uma greve.
Na segunda-feira, o ministro Ives Gandra Martins, do TST, suspendeu repasses aos sindicatos pelo descumprimento da liminar que impedia o movimento grevista. Também determinou o bloqueio cautelar das contas das entidades sindicais no limite de 2 milhões de reais a cada dia de prosseguimento do movimento dos trabalhadores.
A paralisação de cinco dias foi anunciada pela FUP na sexta-feira (22), três semanas após a assinatura de acordo coletivo de trabalho com a Petrobras.
A FUP acusa a estatal de descumprir cláusulas do acordo ao propor os programas de demissão incentivada e de transferência sem negociação prévia com os sindicatos. Alega ainda que o uso de indicadores de segurança como critério para pagamento de bônus também fere o acordo.
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