Governo estima que custo Brasil consome R$ 1,5 trilhão por ano de empresas

Para diminuir esse custo, Carlos da Costa lança programa que para analisar propostas com maiores chances de impactar o país

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São Paulo

As empresas brasileiras gastam R$ 1,5 trilhão por ano a mais do que a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) segundo estudo feito pelo Ministério da Economia e divulgado nesta quinta-feira (28). 

O valor aproximado corresponde ao chamado custo Brasil, conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas do país, e representa 22% do PIB (Produto Interno Bruto). 

O governo contou com apoio de associações do setor produtivo e chegou a 12 elementos que compõe o custo Brasil. 

“O maior deles é empregar capital humano, o que é uma tragédia no Brasil que precisa contratar pessoas. O segundo é honrar tributos, nossa estrutura tributária é muito complexa. E o terceiro é utilizar a infraestrutura”, disse Costa.

Os elevados custos e baixa qualidade logística então entre os itens que compõe o elemento dispor de infraestrutura. E a alta da gasolina tem um impacto nesse elemento. 

“A alta de qualquer insumo produtivo preocupa o governo porque dificulta a vida das empresas privadas. Por isso estamos trabalhando diariamente para reduzir o custo do gas, da energia elétrica. Agora, preços internacionais e taxas de câmbio são variáveis endógenas, que flutuam e afetam o preço”, afirmou o secretário. 

Já a alta do dólar não é motivo para preocupação. “Quando sobe e desce tem vantagens e desvantagens, um cambio mais depreciado torna as empresas brasileiras mais competitivas, mais apreciado é bom para quem viaja, mais depreciado encarece a produção para quem vende para o mercado interno com insumos em dólar. Mas isso é um assunto do Banco Central e temos como filosofia o câmbio flutuante”, disse. 

Entre as estratégias para diminuir esse custo, o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, lançou o PMCC (Programa de Melhoria Contínua da Competitividade), que visa analisar e priorizar propostas com maiores chances de impactar na competitividade brasileira

Nesta quinta, também foi constituído o comitê deliberativo, formado por secretários da área econômica do governo. 

Segundo Costa, em três semanas será criado um comitê público e privado, formado por representantes do setor privado e que vão sugerir e apoiar a implementação das mudanças para a redução do custo Brasil. 

Ele afirma, no entanto, que só será possível estimar um prazo pra a diminuição do custo brasileiro em seis meses. “Precisamos fazer um estudo para mensurar o tempo de viabilizar as mudanças”, disse. 

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