Lucro do Itaú Unibanco sobe e alcança R$ 7,2 bilhões no terceiro trimestre

Alta na carteira de crédito melhora margem, mas piora custo do crédito

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São Paulo

O Itaú Unibanco teve um lucro líquido recorrente de R$ 7,16 bilhões no terceiro trimestre do ano, um avanço de 10,9% ante ao mesmo período de 2018. O aumento, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (4), está diretamente associado ao crescimento da carteira de crédito expandida.

No Brasil, os empréstimos do Itaú subiram 11,7% no período, puxados pelas concessões para pessoas físicas e para micro, pequenas e médias empresas. Juntas, as duas carteiras registraram R$ 313,8 bilhões, alta de 17,3%. O banco também tem operações em países da América Latina.

Para pessoas físicas, a linha que mais cresceu foi a mais cara, do cartão de crédito, com alta de 21,4%, para R$ 83,3 bilhões. Em seguida vieram as modalidades de crédito pessoal e veículos, com crescimentos de 18,5% e 18%, respectivamente. Na carteira de micro, pequenas e médias empresas, a alta observada foi de 24,5%, totalizando R$ 84 bilhões.

Logo do Itaú nas cores laranja, azul e amarelo.
O Itaú apresentou um crescimento de 10,9% no lucro líquido do terceiro trimestre ante o mesmo período de 2018 - Rodrigo Garrido/Reuters

Com mais empréstimos, também cresceu o custo do crédito (que mede as provisões para perdas esperadas com inadimplência). A alta foi de 37,8%, para R$ 4,5 bilhões. O índice de inadimplência permaneceu estável em 2,9%.

A carteira de companhias de grande porte avançou 4,1%. Apesar de o segmento ter a primeira alta após quatro trimestres de queda, a evolução vem do trabalho do banco com títulos privados, modalidade que subiu 30,1%, e não das concessões de crédito, que recuaram 1,9%.

O crescimento da carteira de crédito foi responsável pela alta de 9,6% na margem financeira (principal receita de um banco). Dentre os bancos privados, o Itaú teve o menor ritmo de crescimento. Os lucros de Santander e Bradesco subiram 19,2% e 19,6%, respectivamente.

As receitas com prestação de serviços e resultado com seguros tiveram uma leve alta de 1%, para R$ 10,8 bilhões, puxadas por maiores receitas com corretagem, que subiram 150,4%, para R$ 698 milhões, e com administração de recursos (alta de 28,7%). As despesas operacionais subiram 2,8%, liderada pelo crescimento dos gastos com desligamentos e processos trabalhistas e também na participação de resultados.

O banco anunciou que 3.500 funcionários aderiram ao PDV (programa de desligamento voluntário), gerando uma despesa de R$ 1,43 bilhão para o maior banco privado do país. O valor total do programa é de R$ 2,4 bilhões. Segundo o banco, trata-se de uma despesa não recorrente. O PDV impactou o lucro contábil da instituição, que caiu 10,7%, para R$ 5,576 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido consolidado do Itaú ficou em 23,5%, alta de 2,2 pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2018. Olhando apenas para o resultado no Brasil, o indicador apontou 24,6% contra 22,4%.

O banco manteve as projeções de crescimento para este ano, para o qual prevê alta entre 8% a 11% para a carteira de crédito e um avanço de R$ 12,5 bilhões a R$ 15,5 bilhões no custo de crédito.

Resultados dos bancos privados no 3º trimestre

Itaú
Lucro líquido - R$ 7,16 bilhões
Carteira de crédito - R$ 518 bilhões (só Brasil)

Bradesco
Lucro líquido - R$ 6,54 bilhões
Carteira de crédito - R$ 578,3 bilhões

Santander
Lucro líquido - R$ 3,71 bilhões
Carteira de crédito - R$ 331,6 bilhões

Com Reuters

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