O jornal americano The New York Times informou nesta quarta-feira (6) que o lucro da companhia caiu no terceiro trimestre, devido a uma queda no faturamento com publicidade que reduziu o ganho com o aumento dos assinantes digitais.
Jornais estão buscando atrair assinantes oferecendo grandes descontos para suas edições digitais, à medida que perdem receita com publicidade online para o Google, da Alphabet, e o Facebook.
O NYT também está tentando reforçar suas ofertas digitais, adicionando uma série de recursos como podcasts e palavras cruzadas ao seu principal site.
O jornal afirmou ter 4,9 milhões de assinantes, tendo conquistado, no último trimestre, 273 mil assinantes na categoria "somente digitais".
O lucro líquido do terceiro trimestre caiu 34% em relação ao ano anterior, a US$ 16,4 milhões (R$ 65 milhões), enquanto o faturamento aumentou 2,7%, a US$ 429 milhões (R$ 1,7 bilhão).
Mas o aumento no faturamento derivado das assinaturas teve como contrapartida uma queda no faturamento de publicidade, tanto nas versões impressa quanto digital.
A receita de publicidade caiu 6,7% em relação ao ano anterior, o que inclui uma queda de 7,9% na versão impressa, e 5,4%, na versão digital.
A empresa, que previa um segundo semestre "desafiador" para publicidade digital, disse esperar um quarto trimestre "bastante desafiador".
Os custos operacionais do jornal cresceram 5,4%, para US$ 401 milhões (R$ 1,6 bilhão) no terceiro trimestre em comparação aos US$ 380 milhões (R$ 1,5 bilhão) gastos no mesmo período do ano passado.
A empresa afirma que a alta das despesas ocorreu devido ao aumento do número de funcionários na Redação e aos custos para a produção da série de televisão "The Weekly".
"Como outras editoras, estamos testemunhando turbulências contínuas no espaço da publicidade digital", disse presidente e diretor-executivo do The New York Times Co., Mark Thompson.
Os custos operacionais subiram 5,4%, para US$ 401 milhões, em razão de investimentos na Redação, como contratações —o número de jornalistas se aproxima de 1.700.
Em dezembro, a empresa espera recomprar o prédio em que está sua sede, na 8ª Avenida, por US$ 245 milhões.
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