Descrição de chapéu Reforma tributária

Bolsonaro diz que avalia todas as opções, mas que CPMF está demonizada

Em café da manhã, Maia afirmou que imposto sobre transações financeiras em meios digitais, proposto por Guedes, não será aprovado

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a reconhecer nesta quinta-feira (19) que o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é uma opção avaliada, mas ressaltou que o imposto está "demonizado".

Na quarta-feira (18), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a equipe econômica estuda incluir na reforma tributária um imposto sobre transações financeiras em meios digitais.

O ministro argumentou, no entanto, que o novo tributo não seria igual à extinta CPMF, que foi anteriormente barrado pelo presidente. A proposta estudada inicialmente pela equipe econômica previa um imposto sobre pagamentos mais abrangente.

Paulo Guedes (Economia) e Jair Bolsonaro durante reunião dos Brics - Adriano Machado - 13.nov.19/Reuters

"Sobre CMPF, todas as cartas estão na mesa, mas é um imposto que está demonizado", disse o presidente nesta quinta-feira (19), na entrada do Palácio do Alvorada.

Em café da manhã com jornalistas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que mesmo o imposto sobre transações financeiras em meios digitais não será aprovado na Casa.

"A resposta da Câmara vai ser não", afirmou. "Imposto sobre movimentação financeira, com o nome que se queira dar, é não. Pode dar o nome que você quiser, apelido", acrescentou.

O cardápio de medidas em estudo pela equipe econômica para tentar compensar a desoneração da folha de pagamentos não deve, na avaliação de técnicos do governo federal, ser suficiente para bancar uma desoneração completa —incentivo para baratear o custo da mão de obra no país.

A fonte para os recursos é o principal desafio do governo para atender a vontade de Guedes, de retirar os encargos das empresas. Hoje, o empregador paga 20% sobre a folha de salários como forma de contribuição para as aposentadorias dos trabalhadores.

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