Os investimentos na economia brasileira cresceram 2% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de investimento, no entanto, se manteve em 16,3% do PIB nos dois trimestres, um pouco melhor do que os 15,4% do final de 2018, que colocavam o país na 166ª posição entre as 172 nações para as quais o FMI (Fundo Monetário Internacional) possui dados.
Na comparação com o mesmo período de 2018, o investimento avançou 2,9%, oitavo resultado positivo, período de recuperação que sucedeu 14 trimestres seguidos de queda. Em 2013, o investimento chegou ao pico de 21,5% do PIB.
Segundo o IBGE, esse aumento foi puxado pela construção e pela produção de bens de capital, algo que já havia ocorrido no segundo trimestre deste ano. No acumulado em 12 meses, o crescimento foi de 3%.
O investimento é normalmente o principal motor do crescimento de economias que ainda precisam atingir nível mais elevado de desenvolvimento. Chama a atenção, portanto, que a taxa do país seja tão inferior à de outros emergentes como China (44,2%), Índia (31,6%), Chile (22,7%) e México (23%).
Até na comparação com países desenvolvidos –que, por possuírem economias mais sofisticadas e alta renda per capita, dependem menos de investimentos–, o Brasil tem perdido nos últimos anos.
Em 2018, a taxa de investimentos nos Estados Unidos, no Japão e na Coreia era de, respectivamente, 21,1%, 24,4% e 30,2%.
A taxa de poupança, que chegou a 19,4% antes da recessão iniciada em 2014, subiu de 13,1% no segundo trimestre para 13,5% no terceiro trimestre de 2019, primeiro crescimento em um período de cerca de cinco anos.
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