Outras empresas ocuparão espaço da Petrobras no NE, diz ministro

Plano de investimentos da Petrobras prevê concentração das operações na região Sudeste

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Rio de Janeiro

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu nesta segunda (16) que outras empresas ocuparão espaço deixado pela Petrobras na região Nordeste, levando investimentos para áreas que não estão nos planos da estatal.

O plano de investimentos da Petrobras prevê concentração das operações na região Sudeste, estratégia que vem enfrentando resistência de trabalhadores da companhia e pela classe política do Nordeste, onde a estatal iniciou suas atividades.

“A Petrobras está cumprindo seu plano de negócios, que é voltado para a exploração e produção de petróleo em áreas que ela considera mais rentáveis”, disse o ministro, em entrevista durante evento na CPRM (Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais), no Rio.

Logo da Petrobras em refinaria na cidade de Paulínia, em São Paulo - Paulo Whitaker - 1.jul.17/Reuters

Albuquerque defendeu que o movimento é positivo, já que as empresas compradoras dos ativos da Petrobras investirão nas operações em que a estatal não tem mais interesse. “Aquilo em que ela [Petrobras] não tem mais apetite, outras empresas têm apetite para fazer”, afirmou.

Em apresentação do plano de investimentos em Nova York e Londres, no início do mês, a estatal aponta seu futuro com ativos apenas na região Sudeste e foco no pré-sal.

“A Petrobras vai ser uma companhia bem focada em exploração e produção de petróleo e gás natural em águas profundas, geograficamente concentrada no Sudeste brasileiro, em três estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo”, disse aos investidores o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Além de campos de petróleo, a companhia está vendendo refinarias, fábricas de fertilizantes e de biodiesel e outras unidades nas regiões Sul, Norte e Nordeste. 

Nesta segunda, abriu processo de venda de fatia em um bloco para exploração de petróleo na região Sul.

A expectativa é que a companhia mantenha apenas fatias em áreas em Sergipe, onde fez recentemente grandes descobertas de petróleo e gás.

A estratégia é criticada por governadores do Nordeste e pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, lançada em maio, que iniciou na semana passada um giro por estados nordestinos para tentar levantar apoio para a causa.

“Se a Petrobras está saindo, alguém está entrando. Varias empresas estão comprando áreas da Petrobras”, disse Albuquerque nesta segunda. “É acredito que isso é muito bom para o país.”

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