O principal item da agenda da Cúpula do Mercosul, que ocorre nesta quarta (4) e quinta-feira (5), em Bento Gonçalves, a revisão da TEC (tarifa externa comum), ficará para o ano que vem.
O Brasil entregou a presidência pro-tempore do bloco ao Paraguai afirmando que, ainda assim, foram feitos avanços nessa discussão, mas que não foi possível chegar a um acordo e que o tema será discutido em 2020.
Em vez disso, foram anunciados um acordo de reconhecimento de indicação geográfica para produtos locais —nos moldes do existente na União Europeia—, a redução da burocracia e a diminuição de custos para o funcionamento do bloco e um acordo de proteção policial nas fronteiras.
Aguarda-se, para a quinta-feira (5), o anúncio de um acordo automotivo entre o Brasil e o Paraguai, apenas mencionado pelo chanceler Antonio Rivas Palacios.
Em seu discurso de abertura, o chanceler Ernesto Araújo disse que o Mercosul saiu da caverna e está à luz do sol. “Apagou-se a memória do Mercosul protecionista. Saímos da caverna e saímos para a luz do sul, e não voltaremos a caverna”, afirmou.
Os chanceleres da Argentina, Jorge Faurie, e do Uruguai, Nin Novoa, se despediram do grupo, uma vez que o mandato dos governos que representam estão no fim.
Havia uma grande expectativa por um acordo com relação ao TEC. Porém, dentro do governo argentino —cujo mandato termina no próximo dia 10— havia uma divisão.
Parte da cúpula do governo de Mauricio Macri considerava possível assinar a redução das taxas agora, mas predominou o grupo que considerava pouco prudente fazê-lo a poucos dias da posse de Alberto Fernández, que tem tendência de favorecer mais as políticas protecionistas.
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