Boeing diz que 737 MAX não volta a voar ao menos até a metade do ano

O avião está proibido de voar desde março do ano passado, após duas quedas

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Washington | Reuters

A Boeing anunciou nesta terça (21) que não espera obter aprovação para o retorno dos voos do 737 MAX antes da metade do ano, meses depois do que era previsto, por causa de análises de autoridades de aviação sobre o sistema de controle de voo da aeronave.

A fabricante afirmou que comunicou companhias aéreas e fornecedores sobre o novo prazo. As ações da companhia chegaram a cair mais de 5% após o anúncio.

O avião mais vendido da Boeing está proibido de voar desde março do ano passado, após duas quedas em um intervalo de cinco meses, que mataram 346 pessoas.

A Reuters publicou na semana passada que reguladores estavam prolongando o tempo necessário para aprovação do avião.

O 737 Max, avião mais vendido da Boeing, está proibido de voar desde 2019 - Lindsey Wasson/Reuters

Representantes da agência norte-americana de aviação (FAA) não se pronunciaram sobre o assunto.

A Boeing confirmara na segunda-feira (20) que interrompeu a produção do 737 MAX em Washington nos últimos dias.

A companhia estima os custos até agora da suspensão dos voos do MAX em US$ 9 bilhões. 

A empresa deve divulgar significativos custos adicionais durante a publicação dos resultados do quarto trimestre, no dia 29.

Mais de 380 unidades do 737 MAX que estavam nas mãos das companhias aéreas estão em solo. A Boeing ainda tem estocados outros 400 que ainda não foram entregues. 

Mais cedo, antes do anúncio da Boeing, o vice-presidente financeiro da brasileira Gol, Richard Lark, afirmou que a empresa esperava voltar a operar seus sete 737 MAX até abril e que deveria assegurar um acordo com a fabricante nos próximos meses sobre compensação.

Lark também comentou que a Gol esperava operar 23 ou 24 unidades do MAX até o fim do ano, incluindo os sete hoje impedidos de voar. Após isso, a empresa espera receber entregas de cerca de 12 unidades por ano.​

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