Facebook tem crescimento mais lento desde abertura de capital e ações desabam

Após atingirem recorde à tarde, as ações caíram mais de 7% no pós-fechamento

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São Paulo

As ações do Facebook fecharam o dia em queda de 5%, cotadas a US$ 223,23, e caíram mais de 7% no pós-fechamento de mercado desta quarta-feira (29), após a companhia publicar que teve o crescimento mais lento desde a abertura de capital, em maio de 2012.

A receita no trimestre finalizado em dezembro, que vem principalmente da publicidade, aumentou 25% na comparação com o mesmo período do ano anterior e alcançou recorde de US$ 21,1 bilhões. 

A expectativa do mercado era de cerca de US$ 20,9 bilhões, segundo o jornal Financial Times. Os custos e despesas totais no quarto trimestre subiram 34%, para US$ 12,2 bilhões.

Mark Zuckerberg, presidente do Facebook; ações da empresa atingiram recorde antes de divulgação de balanço
Mark Zuckerberg, presidente do Facebook; ações da empresa atingiram recorde antes de divulgação de balanço - AFP

Apenas em publicidade, a receita foi de US$ 20,7 bilhões, contra os US$ 16,9 bilhões do mesmo trimestre de 2018.

O lucro nos três meses até o final de dezembro também aumentou para um recorde de US$ 7,3 bilhões, 7% a mais que no ano anterior.

No pós-fechamento desta quarta, as ações ficaram em US$ 207,40. Durante o dia, chegaram a atingir o recorde de US$ 224,20. 

O Facebook, que ainda amarga os efeitos de casos envolvendo privacidade, como o escândalo da Cambridge Analytica, de março de 2018, anunciou uma série de medidas para tentar dar ao consumidor mais controle sobre seus dados pessoais no último ano.

Desde o episódio, divulgou ferramentas como a que permite limpar o histórico da conta. Nesta terça (28), disponibilizou um recurso que mostra como a rede social consegue seguir o usuário, mesmo que ele não esteja conectado.

Em 2019, o grupo já havia alertado para resultados que indicassem uma "desaceleração acentuada" da taxa de crescimento de receita neste último trimestre. 

Na ocasião, David Wehner, diretor-financeiro da companhia, citou novas regulações de privacidade, como o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) e a legislação da Califórnia.

Apesar da crescente concorrência com aplicativos como o chinês TikTok, a base de usuários ativos dos produtos da empresa de Mark Zuckerberg cresceu 9% no ano. São 1,6 bilhão de pessoas que acessam um de seus produtos ao dia.

As métricas representam a estimativa do Facebook para indivíduos que entram em um ou mais dos aplicativos da empresa, como Instagram, Messenger e WhatsApp. 

Com Financial Times

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