Ministro prevê apresentar até fevereiro mecanismo para absorver altas do petróleo

Governo também busca garantir autonomia para Petrobras na precificação do combustível

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Marta Nogueira
Rio de Janeiro | Reuters

O Ministério de Minas e Energia planeja apresentar até fevereiro um mecanismo que terá como objetivo proteger o país de eventuais crises relacionadas ao aumento súbito de preços do petróleo, afirmou nesta quarta-feira o ministro da pasta, Bento Albuquerque.

Albuquerque reiterou que a criação do mecanismo foi solicitada em outubro pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele voltou a abordar o tema em momento em que preocupações com o efeito das cotações internacionais do petróleo sobre os combustíveis voltaram a ganhar destaque no país devido à escalada das tensões no Oriente Médio.

Na foto, Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia aparece sentado atrás de uma mesa, com um pequeno microfone, falando e gesticulando algo com a mão direita.
Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia; pasta apresentará mecanismo para proteger o país de crises relacionadas ao abastecimento de petróleo. - Ricardo Borges - 13.jun.2019/Folhapress

Após um ataque dos Estados Unidos no Iraque que matou um general iraniano na semana passada e a consequente retaliação da República Islâmica, que mirou alvos norte-americanos no Iraque, os preços do petróleo chegaram a disparar, embora tenham recuado na sequência, com os países amenizando as tensões.

"O presidente quer um mecanismo que o governo possa adotar na eventualidade de qualquer crise que exista em termos de abastecimento de petróleo, do aumento súbito de preços causados por incidentes ou pela geopolítica internacional", disse Albuquerque à emissora de televisão.

"Pretendemos ter esse trabalho concluído até fevereiro para a avaliação do presidente da República", acrescentou.

Na semana passada, o ministro havia informado que essa solução é avaliada ao mesmo tempo em que o governo busca garantir que a Petrobras, hoje responsável por quase 100% da capacidade de refino do país, tenha liberdade para estabelecer preços da gasolina e diesel. Na ocasião, no entanto, Albuquerque não havia comentado prazos para a medida relacionada ao alívio nos repasses aos combustíveis. 

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