Santander Brasil conclui compra do Banco Olé por R$ 1,609 bilhão

Instituição pagou R$ 8,8 milhões a mais pelo controle total da companhia

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São Paulo

O Santander comprou mais 40% do Banco Olé nesta quinta-feira (30), por R$ 1,608 bilhão, ficando com a totalidade das ações da instituição.

O banco já tinha os outros 60%.

A compra conclui a operação iniciada em março de 2019, quando a Bosan sinalizou o interesse de vender sua participação de 40% no capital social do Banco Olé para a Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S.A., sociedade controlada pelo Santander Brasil.

O montante pago pelo Santander foi R$ 8,8 milhões superior ao valor total das ações, de R$ 1,6 bilhão.

 

Com a efetivação da compra, o Santander passou a ser, direta e indiretamente, titular da totalidade das ações de emissão do Banco Olé.

Resultados

Nesta quarta-feira (29) o Santander divulgou lucro de R$ 14,5 bilhões em 2019, alta de 17% em relação a 2018. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado e reflete a expansão de 8,4% da margem financeira —a receita com crédito— e dos ganhos com tarifas bancárias no período.

A carteira de crédito teve alta de 15% no ano e atingiu R$ 352 bilhões, com maior crescimento no empréstimo a pessoas físicas, que subiu 17%. As maiores concessões seguem ocorrendo nas linhas com garantia, como créditos consignado e imobiliário, além de cartão de crédito.

O financiamento ao consumo, que considera empréstimos feitos fora da rede bancária, por sua vez, subiu 16,3%, puxado pelo financiamento de veículos.

Fachada de agência do Santander
Fachada de agência do Santander - Edgard Garrido/Reuters

Nos empréstimos às empresas, o maior avanço é do crédito às micro, pequenas e médias, que cresceu 15,4% em 2019 para R$ 41,2 bilhões, enquanto os recursos cedidos às companhias de grande porte cresceram a 12%, a R$ 97 bilhões.

"As empresas estão voltando a investir. Os setores de infraestrutura e energia, mais a longo prazo, e de consumo, à curto, estão melhorando", disse Sérgio Rial, presidente do Santander, em entrevista à imprensa na quarta.

O banco terminou 2019 com retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (também conhecido como ROAE) em 21,3%, alta de 1,5 ponto percentual em 12 meses. Essa é uma das medidas de rentabilidade do investimento para acionistas do banco.

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