A gigante de eletrônicos taiwanesa Foxconn começará a fabricar máscaras protetoras em paralelo aos iPhones em sua fábrica chinesa na cidade de Shenzhen, para lidar com a nova epidemia de coronavírus, anunciou o grupo nesta sexta-feira (7).
"Máscaras faciais são equipamentos básicos em nossa luta contra a epidemia", afirmou a Foxconn em uma mensagem na rede social WeChat.
"Cada segundo conta nesta batalha e quanto mais cedo pudermos fornecer esse material, mais cedo poderemos parar a epidemia e salvar vidas", afirmou.
A Foxconn é líder mundial na montagem de dispositivos eletrônicos, e muitas empresas dependem dela para fabricar produtos como iPhones, televisores de tela plana e laptops.
Suas fábricas na China retomarão suas atividades em 10 de fevereiro, após o feriado do Ano Novo Lunar.
"Planejamos produzir 20 milhões de máscaras até o final de fevereiro", afirmou o grupo.
A disseminação da doença levou o governo chinês a pedir à comunidade internacional doações de suprimentos médicos, especialmente máscaras cirúrgicas, roupas e óculos de proteção.
No total, 636 pessoas morreram, e mais de 31 mil foram contaminadas na China pelo novo coronavírus, segundo dados oficiais.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu nesta sexta que a quantidade de máscaras e outros materiais de proteção contra o novo coronavírus em todo o mundo é insuficiente.
"O mundo enfrenta uma escassez crônica de equipamentos de proteção pessoal", disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ele acrescentou que vai falar com os responsáveis pelas cadeias de fornecimento para tentar resolver os "gargalos" na produção.
A Foxconn se esforça para tranquilizar seus clientes e garante que a linha de montagem não será paralisada.
Nesse cenário, porém, a Foxconn já revisou para baixo sua expectativa de crescimento de vendas para 2020. Dos 3% a 5% previstos anteriormente, a meta foi reduzida para entre 1% e 3%.
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