Hyundai segue Chevrolet e desiste do Salão do Automóvel de São Paulo

Empresa afirma que tem valorizado eventos com foco maior no ser humano

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São Paulo

A Hyundai Motor Brasil confirmou nesta terça (4) que não irá participar da edição 2020 do Salão do Automóvel de São Paulo.

É a segunda baixa em um intervalo de quatro dias: na sexta (31), a Chevrolet divulgou que estará fora da mostra.

Em nota, Angel Martinez, vice-presidente comercial da Hyundai Motor Brasil, afirmou que a empresa tem valorizado eventos com foco maior no ser humano. “Avaliamos bastante a situação aqui no Brasil e decidimos substituir a participação no Salão do Automóvel por outras atividades mais exclusivas ao longo do ano.”

A montadora produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (interior de São Paulo). A unidade, que começou a operar em 2012, tem capacidade para fabricar 210 mil automóveis por ano. Desde sua inauguração, foram investidos US$ 865 milhões (R$ 3,67 bilhões) no país.

O grupo Caoa, que representa a divisão de importados da Hyundai e monta os modelos iX35, New Tucson, HD80 e HR em Anápolis (GO), ainda não decidiu se irá participar do Salão do Automóvel de São Paulo. A empresa é também fabricante da marca chinesa Chery e distribuidora da japonesa Subaru.

Leandro Lara, diretor da Reed Alcântara Machado, que organiza o evento, afirma que a Hyundai Motor do Brasil conhece a força do salão, tendo participado com diversos lançamentos de edições anteriores da mostra.

“Esperamos que, no futuro, a marca reveja o seu posicionamento, e faremos o possível para que isso aconteça”, diz Lara.

Além da montadora sul-coreana e da Chevrolet, as marcas BMW, Citroën, Jaguar, Land Rover, Lexus, Mitsubishi, Peugeot, Suzuki, Toyota e Volvo já anunciaram que não pretendem participar do Salão do Automóvel de São Paulo 2020.

Entre as grandes fabricantes, Fiat Chrysler, Ford, Nissan e Volkswagen confirmaram presença na mostra. A Renault prevê participação.

As desistências reforçam o desgaste do evento brasileiro, que passa pelo mesmo problema de mostras internacionais do setor.

As montadoras têm apostado em alternativas de menor custo e público mais diversificado para revelar suas novidades. Além disso, estratégias de divulgação digital estão sendo intensificadas e substituindo as exibições presenciais.

O alto investimento para montar um estande no Salão do Automóvel de São Paulo também é visto como um obstáculo. O espaço ocupado pelas montadoras pode custar entre R$ 4 milhões e R$ 20 milhões.

As duas últimas edições do evento tiveram média de 750 mil visitantes. A edição 2020 está prevista para o período de 12 a 22 de novembro, no pavilhão São Paulo Expo (zona sul).

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