Mercados globais viveram uma forte recuperação nesta terça-feira (24) com a expectativa de que um pacote de estímulos econômicos de cerca de US$ 2 trilhões seja aprovado pelo Senado dos Estados Unidos. A Bolsa brasileira disparou 9,7%, a 69.729 pontos, maior patamar desde a última terça (17).
A cotação do dólar comercial cedeu 1%, a R$ 5,084. O turismo está a R$ 5,37 na venda.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 11,37%, maior valorização diária desde 1933. O S&P 500 teve alta de 9,4% e Nasdaq, de 8,12%.
Na Europa, o Stoxx 600, índice que reúne as maiores empresas da região, saltou 8,4%, a maior valorização diária desde 2008. Londres subiu 9%, Paris, 8,4% e Frankfurt, 11%.
Após duas derrotas dos democratas no Senado, o pacote trilionário do governo republicano de Donald Trump para amenizar o impacto econômico do coronavírus sobre companhias e famílias pode ser votado ainda nesta terça.
Na noite de segunda (23), Chuck Schumer, líder democrata no Senado, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro americano, disseram estar confiantes sobre um acordo entre republicanos e democratas para aprovar as medidas, que incluem cheques a famílias e empréstimos a empresas.
Democratas derrotaram o pacote em duas votações na segunda (23). Eles pedem por mais ações aos desempregados e ajuda financeira aos estados.
Além do alívio financeiro que as medidas trariam, investidores reagiram positivamente à vontade de Trump de retomar as atividades nos EUA até a Páscoa, que será comemorada em 12 de abril.
O presidente disse que os EUA não adotaram medidas drásticas para combater os acidentes de carro e que as mortes por gripe comum são semelhantes àquelas pelo novo coronavírus.
"Perdemos milhares e milhares de pessoas por ano para a gripe. Não desligamos o país. Você pode destruir um país assim ao fechá-lo", disse em entrevista à Fox News, nesta terça.
Neste ano, Trump concorre à reeleição e analistas apontam preocupação do republicano com o prejuízo político de uma crise econômica.
Contribuiu ainda para a melhora no mercado a correção de preços após as fortes quedas dos últimos dias. As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras, por exemplo, saltaram 15%, a R$ 13,25. A Magazine Luiza disparou 22,8%, a R$ 37,09.
As aéreas Gol e Azul também tiveram fortes altas após corte na oferta de voos. O setor é um dos mais afetados na crise do coronavírus, com cancelamento de voos, fechamento de fronteiras e alta do dólar.
Depois de discussões entre governo, Anac (Agência Nacional de Aviação) e empresas, ficou definido que haverá ao menos um voo diário de ida e outro de volta entre as capitais a partir deste sábado (28).
Com a brusca redução da oferta, as ações da Gol subiram 16,9%, a R$ 8,10 e as da Azul, 15,5%, a R$ 16,17.
(Com agências de notícia)
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