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Decisão por paralisar ou não em porto de Santos por coronavírus fica para sexta-feira

Sindicato dos estivadores diz que ministro da infraestrutura pediu que trabalho continue

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Santos

Os estivadores do Porto de Santos decidiram deixar para sexta-feira (20) a decisão de paralisar ou não as operações no porto de Santos por temor de prejuízos a economia.

De acordo com o presidente da Sindiestiva (Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão), Rodnei Oliveira da Silva, o ministro de infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas solicitou que os trabalhadores adiassem a votação.

"O ministro me ligou, solicitou que não fizéssemos a paralisação. Ele bateu muito na questão econômica, nos prejuízos que isso poderia trazer", disse à Folha.

Trabalhadores no Porto de Santos, o maior da América Latina - Nelson Almeida/ APF

"Ele [Tarcísio] ainda não deu prazo do quanto devemos esperar. Explicou que está querendo trabalhar uma espécie de um paliativo de liberar algum recurso aos trabalhadores, o que vemos com bons olhos, uma liberação de um FGTS aos trabalhadores avulsos", completou.

Logo cedo, os trabalhadores portuários estiveram reunidos com outros representantes de sindicatos do porto de Santos como a Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo) e o OGMO (Órgão de Gestão de Mão de Obra). Um representante da Codesp, atual SPA (Santos Port Authority), também esteve presente.

Durante à tarde, a categoria convocou uma assembleia para decidir sobre a paralisação. No encontro, ficou definido, momentaneamente, o adiamento da paralisação. O prazo final para a decisão acontecerá na sexta-feira quando haverá nova reunião com autoridades.

"Se não tiver uma posição concreta até lá nós vamos parar", disse, em discurso, Rodnei de Oliveira.

Em nota, a SPA informou que tem atuado para "garantir o pleno funcionamento do porto de Santos, respeitando as determinações das autoridades de saúde". O porto, por sua vez, opera normalmente em todas as suas funções com os acessos marítimos e rodoviários abertos sem qualquer restrição.

Além disso, a administradora do porto assegura que já tomou uma série de medidas para proteger empregados, clientes e parceiros de riscos de contágio. Entre elas estão a determinação de home office para empregados que chegam do exterior e dos grupos de maior risco; a suspensão, por tempo indeterminado, de viagens a trabalho; reuniões, treinamentos, visitas técnicas e atividades não essenciais substituídas por teleconferências.

A SPA criou um grupo específico somente para cuidar do assunto, atuando de acordo com as determinações da Anvisa, e instalou mais de 60 pontos de álcool gel no porto de Santos.

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