Os ministros de Economia do G7 —grupo dos países mais industrializados que reúne Japão, França, Reino Unido, EUA, Alemanha, Canadá e Itália— farão uma teleconferência nesta terça-feira (3) para debater como limitar os danos causados pelo coronavírus na economia.
Segundo o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, as principais economias do G7 tomarão "ações combinadas" e devem discutir a melhor abordagem por telefone.
Também nesta segunda (2), o presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que a autoridade tomará as medidas necessárias para estabilizar os mercados abalados pelo surto de coronavírus, reforçando as especulações sobre ações coordenadas de políticas monetárias globais.
Os comentários de Kuroda, feitos em uma declaração de emergência poucos dias depois de um movimento semelhante do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, foram recebidos pelos mercados como um sinal de que os maiores bancos centrais do mundo estão organizando uma resposta coordenada à crise.
Kuroda disse que os mercados financeiros fizeram "movimentos instáveis" em meio à crescente incerteza sobre o impacto da epidemia na economia.
"O Banco do Japão monitorará os acontecimentos cuidadosamente e se esforçará para estabilizar os mercados e oferecer liquidez suficiente por meio de operações de mercado e compras de ativos", disse ele.
A linguagem do comunicado sugeria que o banco central fará pleno uso de suas ferramentas existentes para inundar os mercados com fundos, antes de ponderar medidas adicionais de flexibilização monetária.
O Banco do Japão ofereceu subsequentemente 500 bilhões de ienes (US$ 4,62 bilhões) em fundos de duas semanas por meio de operações de mercado. Os investidores também esperam que o banco aumente as compras diárias de fundos negociados em bolsa (ETF) para colocar um piso nos preços das ações.
Em sua declaração não programada divulgada na sexta (28), Powell disse que o Fed "agirá conforme apropriado" para apoiar a economia diante dos riscos da epidemia.
Após a notícia da reunião do G7, as principais Bolsas globais ampliaram o movimento de alta, em recuperação das fortes quedas da semana anterior. Por volta das 14h, Dow Jones sobe 2,9%, S&P 500, 2,6% e Nasdaq, 2,7%.
No Brasil, o Ibovespa sobe 1,9%, a 106.190 pontos. O dólar está estável, a R$ 4,482.
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