Governador da Bahia vai ao TCU cobrar liberação do Bolsa Família

Rui Costa diz que comportamento do governo federal é ilegal e imoral contra os pobres

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Recife

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), uma das principais vozes de oposição no Nordeste contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), entrega nesta quarta-feira (11) ao TCU (Tribunal de Contas da União) representação legal contra cortes no programa Bolsa Família.

Em vídeo publicado em suas redes sociais na noite desta terça-feira (10), o petista declarou que há um desrespeito com as famílias mais pobres das regiões Norte e do Nordeste.

“Este comportamento (do governo federal) é ilegal, absurdo e, diria, imoral e desrespeitoso com as famílias pobres do Norte e do Nordeste do Brasil”, afirmou.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT) - Alberto Coutinho/ Divulgação Governo da Bahia

O governador, que preside o chamado Consórcio Nordeste, disse que a representação formal junto o TCU tem por objetivo imediato fazer com que as pessoas sejam cadastradas novamente.

“Todos acompanharam esse absurdo, esse verdadeiro escândalo do governo federal, que está cortando e não cadastrando as pessoas pobres do Norte e do Nordeste que precisam do Bolsa Família para sobreviver”, reclamou.

O encontro com o presidente do TCU, ministro José Múcio Monteiro, ocorre às 10h desta quarta-feira (11).
Aproximadamente, 1 milhão de famílias aguardavam, em janeiro, uma resposta do Ministério da Cidadania para ingressarem no programa de proteção social e transferência de renda aos mais pobres.

Levantamento da Folha apontou que o governo Jair Bolsonaro congelou o programa mesmo nas regiões mais carentes do país. Uma a cada três cidades mais pobres do Brasil não teve novos auxílios liberados nos últimos cinco meses conforme dados oficiais divulgados (junho a outubro de 2019)

Desde o ano passado, por falta de dinheiro, o governo passou a controlar a entrada de beneficiários no Bolsa família. Com a barreira em todo o país, a fila de espera, que havia sido extinta em julho de 2017, voltou e não há previsão para ser novamente zerada.

Em janeiro, o Ministério da Cidadania havia respondido sobre a questão a pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação, mas somente após ordem da CGU (Controladoria-Geral da União). Ao divulgar os dados, porém, o governo apresentou uma média anual da fila de espera (494,2 mil famílias).

Segundo integrantes do governo, documentos internos mostram que a fila continuava zerada até maio e, desde então, explodiu —chegando ao patamar de 1 milhão.

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