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Petrobras reduz gasolina em 12% e diesel em 7,5% após queda do petróleo e coronavírus

Queda no preço do petróleo e e impactos do coronavírus levam a redução nos combustíveis

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Rio de Janeiro

Com os preços do petróleo atingindo níveis do início dos anos 2000, a Petrobras anunciou nesta quarta (18), o segundo corte nos preços da gasolina e do diesel em uma semana. A partir desta quinta (19), a gasolina será reduzida em 12% e o diesel, em 7,5%.

São os maiores cortes pelo menos desde o início da vigência da política de preços atual, respondendo ao tombo das cotações internacionais em meio à pandemia de coronavírus. Nesta quarta (18), o petróleo Brent, negociado em Londres, chegou a cair para a casa dos US$ 27 (cerca de R$ 150) por barril, o mais baixo desde 2003.

Com os novos cortes, a gasolina sairá das refinarias da Petrobras, em média, a R$ 1,3481 por litro, segundo dados compilados pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). É o menor valor nominal desde agosto de 2017. Já o diesel custará R$ 1,6634 por litro, o valor mais baixo desde outubro de 2017.

É o sétimo corte nos preços dos combustíveis em 2020 —a gasolina chegou a ter um reajuste positivo em meio à série de reduções. No ano, o preço da gasolina nas refinarias acumula queda de 30%. Já o diesel caiu 29%.

A redução, porém, não tem chegado às bombas. De acordo com dados da ANP, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 0,9% desde o início do ano, de R$ 4,555 na última semana de dezembro para R$ 4,515 na semana passada.

A queda acumulada no preço do diesel é um pouco maior, de 3,5%. Entre o fim de 2019 e a semana passada o preço médio do combustível nos postos passou de R$ 3,751 para R$ 3,618 por litro.

Os preços dos combustíveis são livres no país e os repasses ao consumidor dependem de políticas comerciais de distribuidoras e postos, além da variação do ICMS, o imposto estadual. Segundo a Petrobras, o preço das refinarias representa 27% do preço final; o do diesel representa 46%.

Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou os estados a dificultarem a queda dos preços ao não reduzir o ICMS cobrado sobre os produtos.

O imposto estadual é cobrado sobre um preço de referência definido pelos estados a cada 15 dias com base em pesquisas nas bombas, modelo que retarda os repasses ao consumidor.

Nesse sistema, o valor do ICMS, que representa 30% do preço final da gasolina, só é reduzido depois que os postos começam a baixar preços.

Na primeira quinzena de março, após cinco cortes de preços nas refinarias, apenas oito estados e o Distrito Federal cobravam ICMS sobre preços de referência menores do que os vigentes no início do ano.

São eles: Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima e Rio Grande do Sul. A maior queda foi promovida no Amapá (2,60%), seguido por Roraima (2,51%) e Maranhão (2,27%).

Em São Paulo, o valor de referência da primeira semana de março (R$ 4,382 por litro) é 1,69% superior ao do início do ano.

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